São Bento já escalou 38 jogadores diferentes em jogos da Série B
As frequentes mudanças da formação titular levaram o São Bento a escalar 21 jogadores na linha defensiva, incluindo os goleiros. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS (3/10/2019)
A volta de Henal como goleiro titular foi a grande novidade do São Bento em sua mais recente atuação pela Série B -- derrota para o Operário-PR, por 2 a 1, fora de casa. Ausente do onze inicial desde o dia 23 de julho, por lesões ou opção dos treinadores, ele deve ser mantido para a partida contra o Guarani, no sábado, às 16h30, em Sorocaba.
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Ao longo das 30 rodadas da Série B, cinco goleiros foram utilizados. Além de Henal, que atuou em sete jogos, defenderam a meta beneditina Paulo Vítor (quatro jogos), Mateus Pasinato (um jogo), Gabriel Félix (oito jogos) e Renan Rocha (10 jogos). Dos goleiros que atuaram mais de uma vez, a menor média de gols sofridos é de Paulo Vítor: 1,25 gol/jogo. Ele foi vazado cinco vezes em quatro partidas.
Renan Rocha, o mais utilizado, levou 13 (média de 1,3 por jogo). O mesmo número de gols que Henal sofreu (média de 1,8 por jogo). Gabriel Félix tomou 12 gols (média de 1,5). Mateus Pasinato sofreu um gol. Com uma média de 1,46 gol sofrido por jogo, a defesa do Bentão é a pior da segunda divisão nacional. Em 30 jogos, foram 44 gols sofridos.
Mas, o futebol é um esporte coletivo e os guarda-metas não podem ser vistos como “bode expiatório” pelo fraco desempenho do sistema defensivo. A equipe do Azulão sorocabano teve 38 jogadores utilizados como titulares ao longo da competição. Na linha defensiva, incluindo os goleiros, 21 atletas começaram partidas na Série B. Além dos cinco goleiros, foram sete zagueiros, sete laterais-direitos (!) e dois laterais-esquerdos.
O zagueiro que mais vezes entrou em campo foi Wesley, em 14 jogos. Na sequência, Joílson atuou 13 vezes. Ele forma, ao lado de Gérson -- com nove jogos, a dupla que entrou em campo em maior número: oito. Ao todo, foram escaladas 10 duplas de zaga diferentes.
Repetir os mesmos defensores foi um fato raro no campeonato. O ex-técnico Doriva escalou apenas duas vezes o mesmo quinteto (goleiro, laterais e zagueiros). Milton Mendes, atual comandante, pôde manter a escalação apenas em três oportunidades seguidas. E esses são justamente os cinco atletas que mais atuaram juntos (cinco jogos): Renan Rocha; Marcos Martins, Gérson, Joílson e Guilherme Romão.
Foram cinco partidas com duas vitórias, dois empates e uma derrota -- quatro gols sofridos. Foram três partidas em casa (Figueirense - 0 a 0; Vitória - 2 a 0; Vila Nova - 3 x 1) e dois na casa do adversário (Oeste - 1 x 2; CRB - 1 x 1). Em apenas quatro jogos o time sorocabano não levou gols.
Para o próximo compromisso, Milton Mendes deve contar com a volta de Gérson e Guilherme Romão, que ficaram de fora da última partida, vetados pelo departamento médico. Se isso acontecer, a “linha de quatro” defensiva poderá voltar a ser formada por Marcos Martins, Gérson, Joílson e Guilherme Romão. Mas se Henal for mantido no gol, será o 24º quinteto defensivo diferente. (Zeca Cardoso)