“Fica o aprendizado”, diz o treinador beneditino sobre a derrota de quarta-feira no CIC. Crédito da foto: Fábio Rogério (29/1/2020)

A derrota do São Bento na noite de quarta-feira para o Sertãozinho, por 3 a 1, assustou os torcedores sorocabanos. A equipe iniciou o jogo com intensidade, jogando melhor que o adversário e conseguiu abrir o placar. Mas a partir do empate, não foi capaz de reagir e levou a virada. O último gol mostrou um desespero quase inexplicável do time beneditino.

No minuto final da partida, o goleiro Lucas Macanhan deixou a sua posição para buscar o cabeceio em uma cobrança de escanteio. A bola foi afastada pela zaga do Sertãozinho e acabou nos pés de João Gabriel, que arrancou do campo defensivo, chegou à grande área do Bentão e finalizou para sacramentar a derrota dos sorocabanos.

“No final, acabamos sendo penalizados com o terceiro gol. Um erro que eu assumo, eu autorizei o goleiro a ir para a área. Foi a primeira vez, nunca autorizo essa situação, mas naquela ânsia de querer empatar o jogo, último lance, sofremos o terceiro gol. Mas fica o aprendizado, pois o São Bento foi uma equipe que lutou o tempo inteiro”, explicou o técnico Léo Condé.

Uma parte dos jogadores da atual equipe se apresentou para o início da pré-temporada na segunda semana de dezembro. Por conta das férias, outros atletas iniciaram o trabalho apenas no começo de 2020. A equipe está ganhando entrosamento e formatação durante a competição, em função do pouco tempo para a preparação.

“A gente está em formação. Estamos observando algumas coisas, que vamos tentando corrigir de um jogo para outro. Tem também o desgaste de alguns jogadores que chegaram depois, que não queríamos arriscar a sofrer uma lesão, caso do (Thiago) Primão. Foi um jogo realmente com cara de A2. Fez o gol, tem que manter a constância”, falou Condé.

Lesões atrapalham

O atacante Jheimy marcou os dois gols do São Bento até aqui na competição. Ele chegou a pedido de Léo Condé para ser o camisa 9, mas se machucou, o que o fez perder um tempo importante de treinamentos. Por conta da lesão de Sávio, seu substituto, todo o processo de retorno teve que ser adiantado. Mesmo marcando os gols, Jheimy ainda está fisicamente abaixo dos demais atletas.

“O Jheimy fez um dezembro bom de treinamentos e no início de janeiro sofreu a lesão chata na panturrilha. Ele ficou um bom tempo sem treinar. O Sávio vinha fazendo bons jogos-treinos, mas também se machucou. O Jheimy é o centroavante que pode aproveitar uma sobra e por para dentro. Mas é claro que, com a intensidade dos jogos hoje, ele não está apto a jogar 90 minutos”, revelou o treinador.

A questão física não é exclusiva do centroavante. Alguns titulares na partida de quarta-feira se apresentaram apenas em janeiro, ou seja, contaram com cerca de 25 dias de preparação. Mas dentro desse período, já atuaram em três oportunidades. Fisicamente parte do elenco não está pronto.

“Eu bati muito nessa questão das quatro primeiras rodadas, que nós iríamos sofrer um pouco. O nosso time não tem falta de luta, de briga. Eles estão indo no limite. Até o jogo do XV (de Piracicaba) nós teremos que rodar (os titulares). Acredito que a partir da rodada contra o Red Bull (dia 8) já tenhamos a equipe com um nível físico bem próximo do ideal”, avaliou.

O São Bento treina na manhã desta sexta-feira (31) e na sequência viaja para Rio Claro, onde ficará concentrado para a partida deste sábado (1º), às 19h, contra o XV de Piracicaba, em Piracicaba. (Zeca Cardoso)