Alecsandro refuta críticas da torcida por falta de gols pelo São Bento
Alecsandro justificou a falta de gols com as poucas chances criadas para marcar. Crédito da Foto: Erick Pinheiro
Alecsandro foi a maior contratação do São Bento para 2019. Em sua apresentação oficial, o atacante declarou que a possibilidade de brigar para colocar o clube sorocabano na Série A nacional foi a maior motivação para assinar o contrato. Marcou um gol em sua estreia com a camisa 9 do Bentão. O bom início se transformou em um pesadelo. Rebaixamento no estadual. Na Série B, um empate e duas derrotas. A última foi contra o Botafogo-SP (1 a 0), no CIC, na quinta-feira (9). A torcida transformou Alecsandro em bode expiatório.
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“De novo, né? Não tem problema, não. O atacante vive de gols, a minha carreira toda foi assim. Nunca me escondi da responsabilidade. Sempre vou defender a tese que atacante tem que fazer gol, mas eu não joguei mal. E digo que não joguei nenhuma partida mal aqui no São Bento”, declarou ao microfone da rádio Cruzeiro FM 92,3, após a derrota para o time de Ribeirão Preto.
São quinze jogos e apenas um gol marcado. Para um atacante, que é o terceiro maior artilheiro na era dos pontos corridos do Brasileirão da Série A, com 101 gols, a média é muito baixa. Mas Alecsandro justificou a falta de gols com as poucas chances criadas para marcar. “Estou com a consciência tranquila. A bola não está entrando, mas é fase de atacante. Em outros clubes que joguei, tinha cinco ou seis chances de gol e fazia. Aqui eu não tenho chance. A hora que tiver uma ou duas oportunidades, podem me cobrar.”
O técnico Doriva falou com a imprensa após a partida e ressaltou a importância do atleta no elenco. “Quando você tem um jogador com o seu lastro, a história e o número de gols, tem que respeitar. O Alecsandro está aqui, faz parte do elenco. É um cara comprometido. Está vivendo um momento em que os gols não estão acontecendo.”
Na longa entrevista na saída do gramado, o jogador falou sobre o gol perdido contra o Corinthians, ainda no Paulistão, e lembrou que assumiu a culpa na oportunidade. Disse que o time, como um todo, não está jogando bem, mas alertou para a evolução com Doriva. E desabafou. “Estão querendo jogar uma carga muito forte em cima de mim. Eu tenho uma parcela de culpa no rebaixamento, mas não toda a culpa. Isso chateia um pouco. É como jogar alguém na jaula dos leões. Mas eu vou dar a volta por cima.”
Alecsandro reduziu o salário para permanecer na Série B e cumprir o contrato. “Eu estou treinando, não estou de sacanagem e não vou entregar a minha camisa. Vou lutar até o dia 29 de novembro, a última partida da Série B. Sou trabalhador, pai de família e de um caráter que não é de se duvidar”, finalizou. (Zeca Cardoso)