Mais um gancho
Fábio Toth, punido, não comanda o Azulão amanhã
A personalidade explosiva do técnico Fábio Toth à beira do campo rendeu ao técnico do São Bento uma suspensão por duas partidas pela expulsão na partida contra o Noroeste, em agosto, no estádio Walter Ribeiro. A decisão unânime foi deferida na quarta-feira (30) pelo Tribunal de Justiça Desportiva (TJD). O primeiro “gancho” já foi cumprido na última rodada, contra o Comercial, em Ribeirão Preto. Assim, o treinador não comanda o Azulão em seu último jogo da Copa Paulista, amanhã (3), às 10h, contra o Grêmio Prudente, no estádio Walter Ribeiro (CIC). A posição será novamente assumida pelo auxiliar Bruno Formigoni.
A deliberação teve como base os artigos 258 e 258-B do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). O primeiro deles dispõe sobre “assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva não tipificada pelas demais regras deste Código”. O outro diz respeito a “invadir local destinado à equipe de arbitragem, ou o local da partida, prova ou equivalente, durante sua realização, inclusive no intervalo regulamentar”. No cálculo da pena, chamado de dosimetria, o CBJD considerou o artigo de pena maior, conforme a cláusula 183.
O lance que ocasionou o “gancho” pelo TJD ocorreu no dia 21 de agosto, no CIC, quando o São Bento perdeu do Noroeste por 2 a 0. Em uma das jogadas, Fábio se desentendeu com a arbitragem e, ao receber o segundo cartão amarelo, foi expulso em seguida. O árbitro descreveu a situação na súmula do jogo. “Após ser advertido anteriormente por reclamar e persistir em permanecer fora de sua área técnica, recebeu segundo cartão amarelo pois fui chamado pelo assistente e informado que após o gol da equipe do Noroeste, o técnico do São Bento, Fábio Toth, abandonou sua área técnica e correu em sua direção, obstruindo a sua corrida com o braço no peito impedindo a sua passagem no procedimento de gol e gritando: ‘Tava impedido bandeira, tava impedido’”.
“Preciso sim melhorar, tomar menos cartão. Mas meu jeito mais ativo a beira do campo, jogar junto vou fazer sempre. Talvez falar menos com o árbitro. Nessas coisas que você toma cartão de maneira desnecessária, então procurarei melhorar esse lado por que é bom pra mim enquanto profissional também”, disse anteontem (1º) o técnico, ainda sem saber do resultado do julgamento pelo TJD. (Thaís Marcolino)