Ronaldinho Gaúcho e irmão podem deixar a prisão no Paraguai no próximo dia 24
Audiência vai julgar caso de Ronaldinho e irmão no dia 24. Crédito da foto: Reprodução / Instagram
O futuro do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão e empresário Roberto de Assis Moreira, presos em Assunção há cinco meses, será definido no próximo dia 24. A Justiça do Paraguai marcou na noite de segunda-feira (10) para essa data uma audiência que vai julgar o caso dos dois ex-atletas brasileiros. Nela, um juiz analisará se concederá a ambos a liberdade de retornar ao Brasil.
Ronaldinho Gaúcho e Assis são acusados de usarem passaportes falsos para entrar no Paraguai. Os dois foram presos em 6 de março e ficarem por cerca de um mês em um presídio de segurança máxima no país. Em abril, a Justiça do Paraguai aceitou a transferência para prisão domiciliar, em um hotel de Assunção. O jogador pagou uma fiança de US$ 1,6 milhão (o equivalente a cerca de R$ 8,5 milhões).
Na última sexta-feira (7), os promotores pediram ao juiz a suspensão condicional do procedimento para que o jogador possa retornar ao seu país. O juiz Gustavo Amarilla disse uma rádio paraguaia que na audiência presencial perguntará aos acusados se estão de acordo com a proposta apresentada pelo Ministério Público.
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Falsificação de documentos
Os promotores investigavam ainda suposta participação de Ronaldinho Gaúcho e o irmão em uma organização criminosa especializada em falsificação de documentos e lavagem de dinheiro no país sul-americano. Desde o início das investigações, a defesa dos ex-atletas brasileiros alega que os dois foram enganados e não sabiam que os passaportes tinham sido adulterados.
O caso envolvendo o ex-jogador brasileiro virou um escândalo no Paraguai e atingiu vários funcionários da Diretoria de Migração e do Departamento de Identificação, que emitem passaportes e cartões de identidade, além de fiscais do Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi, em Assunção. Dezoito pessoas foram detidas por envolvimento no caso.
Em março, a Justiça havia determinado que Ronaldinho Gaúcho e o irmão precisavam permanecer detidos durante a investigação. O inquérito poderia durar até seis meses para ser concluído, de acordo com as leis paraguaias. (Estadão Conteúdo)