Roland Garros é adiado para ter público
Visão geral da Philippe Chatrier, principal quadra de Roland Garros. Crédito da foto: Thomas SAMSON (4/6/2019)
Com a esperança de poder receber o público nas arquibancadas, a Federação Francesa de Tênis (FFT, na sigla em francês), que organiza o Torneio de Roland Garros, Grand Slam que acontece em Paris, anunciou ontem (8) o adiamento por uma semana do início do evento em 2021. A competição, que aconteceria de 23 de maio a 6 de junho, começará agora em 30 de maio e terá o seu término no dia 13 de junho, enquanto que o qualifying será realizado de 24 a 28 de maio.
De acordo com a FFT, a margem de uma semana permitirá que as restrições em vigor na França por um aumento de contágios por Covid-19 sejam flexibilizadas. “O objetivo é maximizar as possibilidades de que o torneio possa ser disputado diante do maior número de espectadores possível, pensando tanto nos jogadores e jogadoras, como na comunidade de fãs, e garantindo a segurança sanitária de todos”, afirmou a entidade em um comunicado oficial.
“Levando em consideração o objetivo duplo, esta semana pode ser preciosa”, insistiu a federação. Por conta dos primeiros meses da pandemia do novo coronavírus, a edição de 2020 do torneio francês foi adiada de maio para setembro.
“Estou encantado que as discussões com as autoridades públicas, os órgãos de governo do tênis internacional, nossos parceiros e empresas de transmissão e o trabalho em curso com a WTA e ATP tornaram possível para nós adiar o torneio de Roland Garros por uma semana. Agradeço a todos por isso”, disse o presidente da FFT, Gilles Moretton.
“Haverá mais tempo para que a situação de saúde tempo para melhorar, o que deve otimizar nossas chances de receber público em Roland Garros. (...) Para os fãs, os jogadores e a atmosfera, a presença de espectadores é vital para o torneio, o evento esportivo internacional mais importante da primavera (no hemisfério norte)”, completou o dirigente francês.
Desta vez, o adiamento de uma semana terá um impacto muito limitado no calendário de competições, mas deixará apenas duas semanas entre o fim de Roland Garros e o início de Wimbledon, Grand Slam em Londres, na Inglaterra, que está previsto de 28 de junho a 11 de julho).
A decisão de adiar a competição em Paris teve a aprovação do Grand Slam Board, entidade que reúne os quatro torneios do Grand Slam -- os outros dois são o Aberto da Austrália, em Melbourne, e o US Open, em Nova York.
Bruno Soares para por um mês
Brasileiro desistiu dos torneios de abril. Crédito da foto: Divulgação / ATP
O tenista brasileiro Bruno Soares precisou adiar a sua estreia na gira europeia de saibro. Nesta quinta-feira, o mineiro, que joga duplas com o escocês Jamie Murray, revelou estar com dor nas costas desde a disputa do Masters 1000 de Miami, no mês passado, nos Estados Unidos. E por isso optou por preservar o corpo e desistiu de competir nos torneios de abril, planejando retornar no mês que vem.
“Acabei sentindo uma lesão nas costas em Miami e ainda não me sinto 100%. O incômodo infelizmente continua e optei por voltar para o Brasil para me recuperar por completo, ao invés de partir para a gira europeia sem muitas certezas e com risco de piorar a situação. Vou usar esse tempo para recuperar o corpo, a mente e as energias para voltar com tudo”, disse o mineiro, lamentando a ausência.
Com isso, o atual número 5 do mundo não disputará o Masters 1000 de Montecarlo, no Principado de Mônaco, e o ATP 500 de Barcelona, na Espanha. Bruno Soares e Jamie Murray foram semifinalistas na última edição do torneio monegasco e vice-campeões na Espanha, ambos disputados em 2019.
O tenista brasileiro pretende retornar ao circuito profissional na semana do Masters 1000 de Madri, na Espanha, depois seguindo para o Masters 1000 de Roma, na Itália, e terminando a turnê de saibro em Roland Garros, Grand Slam de Paris, na França, com início no dia 30 de maio. (Estadão Conteúdo)