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Revelado em projeto social, boxeador de Sorocaba mira Tóquio-2020

09 de Agosto de 2019 às 07:00

‘Amor à primeira vista’ Abner Teixeira levou o bronze dos pesados no Pan de Lima. Crédito da foto: Emidio Marques

O rosto concentrado e os fortes socos no saco de pancada se transformam em largo sorriso e brilho nos olhos de Abner Teixeira quando fala do boxe. “Foi amor à primeira vista. Eu consigo ajudar a minha mãe em casa, a minha família. A minha vida mudou totalmente. E tudo isso veio através do boxe”, explica o lutador que foi medalhista de bronze nos Jogos Pan-Americanos, em Lima.

Abner luta na categoria peso pesado (até 91 kg) e nasceu em Osasco, na Grande São Paulo. O pugilista mudou com a família para Sorocaba com apenas 9 anos de idade. Foi pelo projeto social “Boxe - Uma Luz para o Futuro”, da Liga Sorocabana de Boxe, que começou a praticar a modalidade, ainda aos 12 anos. Aos 14, foi convidado para integrar a equipe da cidade.

“Quando eu participei da seletiva para fazer parte da Liga, eu percebi que poderia fazer disso uma carreira. Eu nunca tinha parado para pensar em ser um atleta. Quando fui selecionado e integrei a equipe, comecei a visualizar a oportunidade e agarrei com tudo.”

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Abner, que está com 22 anos, é atleta da Liga Sorocabana e é o titular da sua categoria na seleção brasileira. Já conquistou inúmeros Jogos Regionais, Jogos Abertos, campeonatos brasileiros. Competições internacionais também já fazem parte do seu currículo, como as medalhadas de ouro no St. Petersburg Governor Cup, na Rússia; e no Grand Prix, na República Checa, neste ano.

Abner, que está com 22 anos, é atleta da Liga Sorocabana e é o titular da sua categoria na seleção brasileira. Foto: Emídio Marques

Mas o bronze dos Jogos Pan-Americanos tem um lugar especial. “Foi uma experiência diferenciada em todos os sentidos. Foi o primeiro evento deste nível que eu participei e, além disso tudo, o primeiro evento televisionado. Sempre competi fora do país, mas nunca conseguiam ver. Desta vez, os meus pais, meus amigos e parceiros puderam ver e isso me deu força”, falou Abner.

A principal meta do pugilista é buscar uma medalha nos Jogos Olímpicos, que serão em Tóquio, no ano que vem. As disputas de torneios por todo o mundo dão experiência e visibilidade. Uma medalha no Japão ajudaria, e muito, Abner a realizar o sonho da maioria dos boxeadores: deixar o amadorismo e entrar no mundo profissional.

“Todo boxeador amador pensa em passar para o boxe profissional. É outro mundo. No amador são três rounds de luta, no profissional pode chegar até 12. A preparação é mais focada. É outro esporte, mas eu estou pronto. Pegar essa medalha em Tóquio, se Deus quiser, e partir para o profissional”, promete.

Com um bom retrospecto no boxe amador, Sorocaba pode ter acolhido, quem sabe, um futuro medalhista olímpico e campeão mundial. (Zeca Cardoso)

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