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Rebaixamento da cidade deixa o esporte sorocabano no vermelho

04 de Julho de 2020 às 00:07

Restrições sanitárias mantêm o Estádio Walter Ribeiro, as academias e o CTs fechados. Crédito da foto: Fábio Rogério (9/8/2018)

O esporte sorocabano está paralisado há mais de 100 dias. Em virtude da pandemia do novo coronavírus, clubes como São Bento, Magnus Futsal, Liga Sorocabana de Basquete (LSB) e Pró-Esporte permanecem sem poder realizar treinos coletivos e jogar.

A última vez que o Bentão entrou em campo foi no dia 15 de março, com vitória sobre o Penapolense (2 a 1), pela 12ª rodada da Série A2 do Campeonato Paulista. O Magnus jogou no dia 8, do mesmo mês, quando venceu o River Plate, por 3 a 1, na Copa Internacional.

Pela Copa São Paulo, a LSB bateu Assis, por 91 a 79, no dia 13, também de março. Já a Pró-Esporte foi derrotada por Campinas um dia antes, pelo placar de 98 a 85, na estreia da Liga de Basquete de Feminino (LBF).

Com o impedimento das atividades coletivas, os times sorocabanos estão realizando treinamentos de maneira individual. Os atletas seguem uma programação enviada pelos responsáveis pela preparação física de cada clube.

Sem uma previsão de retorno das práticas esportivas em Sorocaba, que regrediu à Fase 1 do Plano São Paulo, elaborado pelo governo estadual, as equipes locais se movimentam para criar seus protocolos sanitários e planejar o retorno das competições.

Vale lembrar que as restrições sanitárias também mantêm o Estádio Municipal Walter Ribeiro (CIC), as academias e os centros de treinamento fechados.

São Bento

O São Bento, juntamente com os outros 19 participantes da Série C do Campeonato Brasileiro, enviou ofício à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), na quarta-feira (1º), se posicionando favoravelmente ao início da competição no mesmo período definido para as séries A e B. A entidade máxima do futebol no País sinaliza com a retomada das principais divisões nacionais nos dia 8 e 9 de agosto.

Apesar de assinar o documento, a direção beneditina garante que só retomará os treinos quando houver liberação, mas não descarta uma mudança de sede para realizar os jogos. “Só voltaremos quando os órgãos sanitários acenarem positivamente, além disso, nada impede de ser eleita uma sede para ocorrer os jogos, bem como, haver neste momento inversão de mando, em face de caso fortuito e força maior”, explicou o presidente Márcio Rogério Dias.

Tanto a CBF quanto a Federação Paulista de Futebol (FPF) elaboraram protocolos sanitários para o recomeço das atividades. O São Bento garante que não é possível arcar com os custos do que é proposto. “Reafirmamos que não temos condições de assumir este encargo num certame que já era deficitário. Portanto, caberá às instituições que têm mais condições de organizar de forma padronizada e de compra, este custo”, afirma Dias.

Protocolos próprios

Duas equipes sorocabanas já redigiram protocolos próprios, o Magnus Futsal e a LSB. Em ambos, a testagem de todos os atletas e funcionários não será realizada, mas um monitoramento diário com a medição de temperatura. Em caso de suspeita, o teste será feito.

“Optamos pela quarentena coletiva para evitar a realização de testes sem necessidade, considerando que tanto o SUS quanto o sistema privado de saúde sentem a falta de testes para pacientes com sintomas da Covid-19”, explicou o presidente do Magnus, Fellipe Drommond.

Os documentos vislumbram as etapas desde os treinamentos individuais em isolamento até a retomada completa, sem restrições, e os processos de higienização. Além, disso, eles reforçam que só retornarão após a liberação dos órgão públicos.

“Estes procedimentos de segurança foram criados para ser implementados no momento em que os órgãos públicos decidirem pela retomada”, esclarece a publicação da LSB, que é assinada pelo presidente Rinaldo Rodrigues, pelo médico Milen Puccinelli e pelo preparador físico Eduardo dos Santos.

Já a Pró-Esporte ainda não conta com um protocolo próprio, mas monitora a situação de todas as atletas. A equipe passa por dificuldades financeiras e está reavaliando o projeto para o segundo semestre, que inclui a disputa de campeonatos estaduais.

Sem uma data para a volta de treinamentos coletivos, o time de basquete feminino acredita que poderá arcar com os custos das testagens de atletas, mas ainda não existe uma definição sobre o assunto.  (Zeca Cardoso)