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Rally Dacar: disputa será toda em terreno peruano

06 de Janeiro de 2019 às 06:30

Disputa será toda em terreno peruano Gustavo Gugelmin e Reinaldo Varela buscam o bi nos UTVs. Crédito da foto: Divulgação / Monster Energy Can-AM

O calendário off-road mundial de 2019 tem início hoje, com a etapa de abertura do Rally Dakar, considerado o maior e mais difícil do mundo. Pela primeira vez desde sua criação, o trajeto será disputado em apenas um país -- no caso, o Peru. Serão 5.537 quilômetros de desafios, sendo 2.951 de especiais (trechos cronometrados), com largada e chegada em Lima.

O Dakar é uma atualização do tradicional Rally Paris-Dakar, disputado com este trajeto por cerca de 20 anos a partir de 1978/79 e, depois, com diversas variações de percurso entre Europa e África. Com o tempo, o rali passou a chamar-se apenas Dakar. Em 2009 deixou o continente africano por questões de segurança e migrou para a América do Sul.

A edição deste ano conta com 534 competidores e 334 veículos, entre motos, carros, quadriciclos, UTVs e caminhões. “A prova será praticamente toda em areia, no deserto. Então, acho que a dificuldade será a mesma (do deserto saariano)”, diz o piloto brasileiro Jean Azevedo, que já participou da prova em 18 ocasiões e agora acompanha de fora. O roteiro atual terá dez etapas, quatro a menos do que a edição de 2018 -- disputada de Lima a Córdoba, passando por La Paz.

Para Azevedo, no entanto, isso não significa que será uma prova tecnicamente mais fácil. O paulista avalia que a predominância deste tipo de terreno, bem como os obstáculos do deserto peruano, farão da edição de 2019 uma das provas mais técnicas dos últimos anos.

“Nas últimas edições, os pilotos andaram bastante em estradinhas, o que exige menos pilotagem e navegação. Em 2019, 70% da disputa será no deserto peruano, que, com certeza, é o mais difícil de se andar na América do Sul, com dunas mais fofas, encavaladas”, afirmou o experiente piloto, único piloto brasileiro a ter vencido etapas na classificação geral com motocicletas (nos anos de 2005 e 2007).

Piloto da equipe Honda Racing, Jean Azevedo já faturou três títulos de categorias do motociclismo na competição, sendo dois na Production e um na Super Production. Ele destaca ser fundamental ter muita atenção à navegação, mesmo que isso implique em uma pilotagem mais lenta. “O deserto é muito traiçoeiro e o piloto pode se acidentar se quiser andar muito rápido.”

O Brasil contará com o piloto paulista Reinaldo Varela e o navegador catarinense Gustavo Gugelmin, da equipe Monster Energy/Can-Am, a bordo do Can-Am Maverick X3, que no passado venceu a categoria dos UTVs. (Da Redação)