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Quarentena provoca desmonte e times pequenos voltam mais fracos

30 de Junho de 2020 às 00:03

Artilheiro Todinho foi a maior perda do Guarani. Crédito da foto: Planeta Guarani.com.br

A paralisação do Campeonato Paulista atrapalhou diretamente a maioria dos 12 clubes pequenos. Com exceção do Red Bull Bragantino, que manteve em dia o pagamento dos salários e não perdeu nenhum jogador, os demais sofreram com o término de contratos e tiveram redução nos seus elencos.

Como trabalha com uma verba anual enviada pela sua matriz, o Bragantino mantém foco na competição e sonha até mesmo com a briga pelo título estadual. Líder do Grupo D, com 17 pontos, e já classificado, às quartas de final, o Bragantino foi o primeiro time a fazer exames de coronavírus e testes físicos, também voltando a treinar antes do combinado, o que irritou os demais participantes do Paulistão.

Na contramão, aparecem três clubes que se destacavam até a pausa do Paulistão. O principal deles é o Santo André, que lidera a classificação geral com 19 pontos. O time perdeu 11 jogadores que disputavam a competição, entre eles o artilheiro da equipe, Ronaldo, com cinco gols, que se transferiu ao Sport. “A ideia é contratar por jogos que disputarmos para reforçar o elenco”, disse o executivo de futebol, Edgar Montemor Filho.

O Mirassol também lamentou muito a parada, porque, na visão do presidente Edson Ermegenildo, “o time estava encaixado” e praticamente classificado, com 16 pontos, no Grupo C. Mas, com vários atletas em fim de contrato, só conseguiu segurar sete jogadores e buscou reforços mais preocupado com a disputa da Série D do Campeonato Brasileiro. “A pandemia tirou a nossa força, que era a força do conjunto. Tanto que já tínhamos evitado a queda para a Série A2”, disse o dirigente.

O Novorizontino, com 16 pontos, sofreu dez baixas. Era o único time invicto do Paulistão, mas com poucas chances de avançar à segunda fase. Em terceiro lugar no Grupo B, atrás de Palmeiras e Santo André, ambos com 19, o time de Novo Horizonte vai focar a disputa da Série D.

A principal baixa entre os times médios e pequenos se deu no Guarani e foi do atacante Júnior Todinho, vice-líder da artilharia geral com seis gols. Ele teria pedido alto para renovar o contrato. O clube está com dois meses de salários em atraso e não conseguiu fazer uma oferta para segurá-lo.

Para não cair à Série A2, Ponte Preta e Inter de Limeira mantiveram seus elencos. O time de Campinas reduziu os salários em 30%, mas conseguiu pagar. O gerente de futebol Gustavo Bueno deixou claro os objetivos da Ponte para a retomada da temporada. “Vamos focar a volta do Paulistão para evitar o descenso e buscar o acesso na Série B”, disse..

O Água Santa teve várias baixas, inclusive, a saída do técnico Pintado. Outros clubes sofreram muitas perdas como Botafogo, Ituano, Ferroviária e Oeste, ainda ameaçados pelo risco de rebaixamento à Série A2. (Estadão Conteúdo)

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