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Protesto põe pressão palmeirense na FPF

07 de Agosto de 2020 às 00:01

Protesto põe pressão palmeirense na FPF Grupo de torcedores fixou sede na frente da Federação Paulista de Futebol (FPF). Crédito da foto: Divulgação

Um grupo de torcedores do Palmeiras fez um protesto na tarde de ontem (6) em frente à sede da Federação Paulista de Futebol (FPF), na zona oeste de São Paulo. A manifestação cobrava a realização de um sorteio para definir quem seria o árbitro da final do Campeonato Paulista, neste sábado, às 16h30, contra o Corinthians, no Allianz Parque. A FPF determinou a escolha de Luiz Flávio de Oliveira por uma audiência pública.

Com faixa fixada no portão da entidade, cantos e até transmissão ao vivo pelas redes sociais, os palmeirenses exigiam que a escolha do árbitro se desse por um sorteio. “Não é mole não, não tem sorteio para roubar o meu Verdão”, cantavam os presentes. Participaram do protesto pacífico cerca de 20 torcedores. Não houve tumulto.

O Palmeiras prometeu acompanhar com cuidado a escolha dos árbitros para os dois jogos da decisão contra o Corinthians. No último domingo, o assessor técnico do time, Edu Dracena, afirmou em entrevista à TV Gazeta que tinha preocupação com o tema.

No primeiro jogo da final, na quarta-feira, em Itaquera, o responsável pelo apito foi Raphael Claus. Para a partida decisiva no Allianz Parque, além de Luiz Flávio de Oliveira, estão escalados os assistentes Marcelo Carvalho Van Gasse e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa. Flávio Rodrigues de Souza será o quarto árbitro e Evandro de Melo Lima o quinto.

Cautela

O técnico Vanderlei Luxemburgo explicou a estratégia de montar um Palmeiras mais cauteloso no empate sem gols na primeira partida da final e mandou um recado à torcida. Ele se mostrou esperançoso em conquistar o título estadual e garantiu que todo o elenco está comprometido na busca por esse objetivo.

O treinador falou sobre a opção de mandar a campo uma escalação mais cautelosa, apenas com dois atacantes (Luiz Adriano e Rony) e Zé Rafael no lugar de Willian. A ideia, afirmou, era não se arriscar para depois entrar em boas condições de decidir o título paulista em casa neste sábado.

“A gente está negociando uma decisão de campeonato. Ontem (quarta) não terminava nada, ganhando, empatando ou perdendo. O campeonato termina sábado. Tem que haver discernimento de fazer as coisas, expor a equipe sem ser vulnerável”, explicou. “Numa decisão de dois jogos não tem que jogar tudo no primeiro jogo. Tem que transferir para o segundo as possibilidades”, prosseguiu.

Último técnico a conquistar o Estadual dirigindo o Palmeiras, em 2008, Luxemburgo passou um recado. Ele afirmou que entende as críticas sobre a qualidade do jogo, mas avaliou que a torcida não pode questionar o comprometimento dos jogadores.

“O torcedor pode questionar a qualidade, se quiser, mas não pode questionar a dignidade e o comprometimento que os jogadores estão tendo com o Palmeiras. A gente sabe que o torcedor é exigente e cobra muito, mas os jogadores tão correspondendo. A gente está esperançoso”, pontuou. (Estadão Conteúdo)