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Pedido para o Bolsa Atleta será exclusivamente por sistema digital

21 de Janeiro de 2021 às 12:53

Crédito da foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

A solicitação para o Bolsa Atleta será feita exclusivamente por sistema digital. De acordo com um edital publicado nesta quinta-feira (21), os candidatos não precisarão mais enviar documentos pelos Correios. Candidatos poderão realizar a inscrição a partir do dia 26 de janeiro e enviar documentos como declarações de clube e de patrocinadores direto pelo sistema. 

O novo modelo foi criado para facilitar as inscrições e o acompanhamento dos processos de análise e concessão do benefício. É nele também que o candidato à bolsa deverá preencher o plano esportivo, acompanhar o andamento da análise da inscrição e verificar a existência de pendências. O período de inscrições segue até 15 de fevereiro. Confira a íntegra do edital.

O atleta poderá, por meio do sistema, enviar os dados bancários e assinar o termo de adesão.

A previsão orçamentária para o Bolsa Atleta em 2021 é de R$ 145 milhões, a maior desde 2014, e superior, inclusive, ao investimento no programa em 2016, ano dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio de Janeiro, que foi de R$ 143 milhões.

Podem solicitar a bolsa atletas a partir dos 14 anos de idade. O benefício é dividido em cinco categorias: atleta de base (R$ 370), atleta estudantil (R$ 370), atleta nacional (R$ 925), atleta internacional (R$ 1.850) e atleta olímpico/paraolímpico (R$ 3.100). A expectativa do governo é que, este ano, o programa supere os números do último edital, que contemplou 6.357 atletas de modalidades olímpicas e paralímpicas.

O edital deste ano contempla, pela primeira vez, resultados esportivos de dois anos (2019 e 2020), uma estratégia para que os atletas não sejam prejudicados pelos efeitos da pandemia da covid-19. Segundo o Ministério da Cidadania, a medida foi tomada para evitar a diminuição dos bolsistas, já que em 2019, a temporada teve cerca de 900 competições elegíveis à Bolsa Atleta. Em 2020, o número caiu para 61.

Balanço

Criado em 2005, o Bolsa Atleta é um dos maiores programas de patrocínio direto ao atleta do mundo, segundo o Ministério da Cidadania. Desde a criação, já foram concedidas mais de 69,5 mil bolsas para 27 mil atletas de todo o país. O valor destinado pelo programa desde sua implantação supera R$ 1,2 bilhão.

Nas Olimpíadas Rio 2016, 77% dos 465 atletas brasileiros eram bolsistas. Das 19 medalhas conquistadas pelos brasileiros, apenas o ouro do futebol masculino não contou com bolsistas.

Já nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, o Brasil teve a maior delegação da história, com 286 atletas, sendo 90,9% bolsistas. Foram 72 medalhas conquistadas, em 13 esportes diferentes: 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes, além de 99 finais disputadas. Todas as medalhas foram conquistadas por atletas que recebiam o benefício.

Nos Jogos Pan-Americanos e Parapan-Americanos de Lima 2019, no Peru, o maior evento multiesportivo antes dos Jogos Olímpicos no Japão, também teve resultados positivos para os atletas brasileiros.

Dos 485 atletas originalmente inscritos pelo Comitê Olímpico do Brasil para o Pan de Lima, 333 eram bolsistas. Do total de pódios conquistados, 141 vieram com atletas beneficiados pelo programa.

No Parapan, o Brasil chegou ao topo do quadro de medalhas com 308 pódios. Foram 124 medalhas de ouro, 99 de prata e 85 de bronze. Do total de medalhas, 287 (93,18%) foram conquistadas por atletas contemplados pelo Bolsa Atleta. (Heloisa Cristaldo/Agência Brasil)