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Palmeiras perde pênalti e empata pela Copa do Brasil

03 de Agosto de 2018 às 14:00

palmeiras-empata-bahia-copa-do-brasil Ainda no primeiro minuto o goleiro Anderson saiu nos pés de Dudu para fazer a defesa. Cesar Greco / Agência Palmeiras

Bahia e Palmeiras fizeram quinta-feira (2) um jogo ruim pela Copa do Brasil, em Salvador, mas ainda assim protagonizaram um momento marcante. No empate em 0 a 0, pela ida das quartas de final da Copa do Brasil, foi utilizado pela primeira vez em torneios nacionais a revisão, no campo, de um lance através do árbitro de vídeo. O auxílio serviu para cancelar um cartão vermelho dado a Gregore, do Bahia, o transformando em amarelo.

Daqui a duas semanas as duas equipes voltam a se enfrentar pela Copa do Brasil, desta vez no Allianz Parque, em São Paulo. Quem vencer estará nas semifinais. O Palmeiras até lá terá a presença do técnico Luiz Felipe Scolari, que se apresentará ao clube hoje.

Um dia antes da chegada de Felipão, o Palmeiras testou alterações que possivelmente serão adotadas daqui para frente. A principal delas foi a entrada de um centroavante alto, para distribuir lances de bolas aéreas e tentar prender a bola no setor ofensivo. O papel coube a Deyverson, criticado pela torcida e sem nenhum gol em partidas oficiais na temporada. O time apostou também em um meio-campo mais marcador e sem armadores de origem.

A estratégia de jogo deu certo no começo, quando o Palmeiras teve velocidade para pressionar o Bahia e quase chegou ao gol. Na chance mais clara, ainda no primeiro minuto, o goleiro Anderson saiu nos pés de Dudu para fazer a defesa. Depois disso, Deyverson quase marcou de bicicleta e teve outras duas chances para marcar.

O Bahia aos poucos conseguiu avançar e só chegava ao ataque graças ao meia Zé Rafael. O jogador conduziu o time para as jogadas mais perigosas, mas sentia falta de algum companheiro do mesmo nível técnico para auxiliar na conclusão dos lances. A equipe da casa levou mais perigo no segundo tempo, pois dificultou a saída de bola do Palmeiras, além de superar o seu meio-campo com velocidade.

Quando o Palmeiras parecia acuado, conseguiu um contra-ataque armado por Dudu e concluído no pênalti cometido em Artur. O árbitro Anderson Daronco marcou a falta e expulsou Gregore, mas logo depois foi comunicado pelo rádio da necessidade de rever o lance.

Foram cinco minutos de paralisação até o cartão vermelho ser trocado pelo amarelo, para alívio do banco de reservas palmeirense, que temia pelo cancelamento do pênalti. Mas o pior ainda estava por vir para o Palmeiras. Bruno Henrique acertou o travessão, aos 30 minutos da segunda etapa, na execução do pênalti.

Principal aposta para o jogo, Deyverson acabou expulso após acertar uma cotovelada em Mena - em lance que também contou com participação do árbitro de vídeo. As seguidas paralisações levaram a partida a ter nove minutos de acréscimos. No fim a equipe paulista recuou totalmente. Com um a menos em campo, o empate sem gols virou lucro.

Os times voltarão a jogar no domingo pelo Campeonato Brasileiro, ambos longe de casa. O Palmeiras vai visitar o América Mineiro, enquanto o Bahia terá pela frente o Fluminense.

palmeiras-bahia-copa-do-brasil Deyverson jogou fora a chance de ser o centroavante titular. Crédito da foto: Cesar Greco / Agência Palmeiras

Deyverson chora e ganha apoio de Felipe Melo

Após o empate sem gols contra o Bahia, o volante Felipe Melo saiu em defesa de Deyverson, que recebeu uma rara chance como titular e foi expulso nos minutos finais do jogo em Salvador por uma cotovelada no lateral Mena. Ao SporTV, o camisa 30 palmeirense disse que consolou Deyverson na saída de campo porque o atacante estava chorando e exaltou as qualidades do companheiro, que vem sendo muito criticado pela torcida.

“Temos de dar moral para o Deyverson, porque é um cara que as pessoas, principalmente os entendedores do futebol, têm que analisar o verdadeiro potencial. Às vezes tem um jogador de área que faz gol, e às vezes tem um que luta muito pelo time, e ele luta muito. Não é um cara que vai driblar cinco e fazer o gol. O importante é que ele lutou e nós jogamos por ele”, disse Felipe.

“Somos uma família aqui dentro, e está chegando um treinador (Felipão) que tem como característica isso de família. Ele (Deyverson) estava chorando, está vivendo um momento muito difícil, é o momento de dar a mão para ele. Faz parte do ser humano, infelizmente, querer criticar em vez de dar a mão, e ele precisa de mão. É um cara que luta e vai nos ajudar muito aqui dentro”, completou o volante. “Nós jogamos fora de casa diante de um time que vem em uma crescente muito grande. É complicado, Copa do Brasil, mata-mata”, lembrou. (Estadão Conteúdo e Folhapress)

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