MMA
De volta às lutas
Fábio Maldonado desiste da aposentadoria e já tem compromisso marcado para o fim deste mês, na Sérvia
O lutador de boxe e de MMA, Fábio Maldonado, mudou de ideia e cancelou, pelo menos por agora, a aposentadoria. Em abril, depois de perder uma luta, afirmou ao Cruzeiro do Sul que pararia para preservar sua saúde, visto que já está com 45 anos. Contudo, passados alguns meses, o sorocabano pensou melhor e decidiu aceitar um convite para lutar na Sérvia, no fim deste mês, marcando sua volta ao ringue. “Está no meu sangue, não sei quando vou me aposentar e também meu corpo diz que dá. Minha saúde está boa para a minha idade”, justifica.
O evento que o fez reconsiderar é o Serbian Battle Championship (em tradução livre, Campeonato de Batalha da Sérvia). As memórias de quando lutou no sudeste da Europa, em 2020, também o ajudaram a não abandonar os confrontos da modalidade.
A próxima luta do pugilista está marcada para 31 de agosto contra o atleta sérvio Kovac. O lutador, na visão de Maldonado, é bom, o que eleva ainda mais a disputa. “Quero fazer pelo menos mais essa luta e deixar o meu melhor já. Sou muito grato pela oportunidade”, acrescenta.
O sorocabano embarca para a Sérvia no dia 25. Até lá, prossegue com os treinamentos na cidade sob supervisão de Lucas Alvarenga e, no jiu-jítsu, com o mestre Miguel Cavallari. De acordo com o pugilista, a musculação é uma das práticas que o ajudou ao longo do tempo a manter o corpo apto para lutar mesmo depois dos 40 anos. Contudo, a preparação para a próxima luta faz com que algumas mudanças no treino sejam realizadas. “O adversário é muito bom, em pé, principalmente. Vai ser duro, mas estou treinando e a gente espera vencer bem”, finaliza.
Longa carreira
Ao longo de seus 45 anos, Fábio Maldonado disputou várias modalidades dentro do ringue. No boxe amador, onde ficou por cinco anos, participou de diversos torneios, como o Campeonato Paulista e Luvas de Ouro. Obteve o saldo de 40 vitórias em 45 lutas, sendo 27 delas por nocaute.
Já em 2002, estreou no boxe profissional. Em 20 anos, teve um cartel de 30 lutas e 25 vitórias por nocaute. Em 2022, conquistou o cinturão e o título brasileiro da modalidade. Enquanto disputava competições no pugilismo, resolveu se aventurar nas artes marciais com o MMA. Nos anos 2000, em Brasília, estreou em um GP para participar do UFC. Na ocasião, venceu por nocaute o lutador James McSweeney.
Por fim, em abril deste ano, o Caipira de Aço participou de um evento de boxe sem luvas e foi nocauteado por John Phillips, do País de Gales, no BKFC 72, realizado em Dubai, Emirados Árabes Unidos. Esta seria a última luta do pugilista se não tivesse decidido deixar de lado a aposentadoria.