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Esporte e tecnologia

Competição, estratégia e adrenalina

Escola técnica localizada no bairro Parada do Alto sedia Torneio de Robô Mini Sumô

24 de Junho de 2025 às 22:08
Cruzeiro do Sul [email protected]
Grande final entre Caveirão e Codezila
Grande final entre Caveirão e Codezila (Crédito: Murilo Aguiar)

Na Escola Técnica (Etec) Armando Pannunzio, o esporte ganhou uma nova forma: com parafusos, sensores e muita estratégia. A unidade de ensino localizada no bairro Parada do Alto, zona leste de Sorocaba, foi palco, na noite de segunda-feira (23), de uma verdadeira batalha tecnológica com a realização da 4ª edição do Torneio de Robô Mini Sumô.

O evento, que movimentou dezenas de estudantes ao longo do dia, trouxe um clima de competição, estratégia e adrenalina à arena, com finais emocionantes ocorrendo à noite, sob o olhar atento da torcida e dos jurados.

Inspirado no tradicional sumô japonês, o torneio colocou frente a frente robôs autônomos construídos por alunos de diferentes cursos, que duelaram para empurrar seus oponentes para fora do “dohyo” — a arena circular onde cada segundo pode definir o campeão.

As partidas seguiram o formato “melhor de cinco rounds”, e as regras foram claras: falhou, perdeu tempo. Parou por mais de dez segundos? Começa a contagem regressiva. Assim, as equipes entraram na arena com tudo: estratégias, ajustes de última hora e apoio técnico nos bastidores. E não faltou emoção. Cada round foi marcado por disputas intensas, reviravoltas e até quebras de peças — o que podia significar a derrota imediata, caso o peso perdido ultrapassasse os dez gramas permitidos.

A grande novidade desta edição foi a participação de equipes convidadas e visitantes de outras unidades do Centro Paula Souza. A Etec Rubens de Faria competiu pela manhã, enquanto representantes de Campinas e da Fatec Sorocaba acompanharam de perto o torneio, com planos de levar a competição para suas escolas.

Na reta final, três equipes chegaram à fase decisiva e se enfrentaram em formato todos contra todos. A arbitragem, liderada pelos professores e coordenadores Mairá Vendramini e Rodrigo Watanabe, foi rigorosa na análise dos critérios técnicos para a participação. Cada robô não podia ultrapassar 500g + 50 g de peso e 10x10 cm de altura. Na disputa, pontos como integridade dos robôs, número de vitórias e tempo de resposta contavam na hora de decidir o vencedor.

O título ficou com a equipe formada por Matheus Calegari, Bryan Gomes, Kaique, Guilherme Padilha e Samuel, alunos do ensino médio e do curso técnico integrado, da Armando Pannunzio com o robô “Codezila”. Após vencerem a final, Matheus comentou a conquista: “Montar o robô foi tão emocionante quanto competir. Aprendemos demais nesse processo”.

Bryan também celebrou a vitória. “Nosso esforço valeu a pena. Cada peça, cada teste, cada reunião de equipe fez a diferença. E o apoio das nossas famílias foi essencial para colocarmos o projeto em pé.”

Caráter multidisciplinar

Apesar do foco técnico, o torneio mostrou que a robótica vai além da engenharia. Alunos de cursos como administração, recursos humanos e comércio exterior também marcaram presença, reforçando o caráter multidisciplinar do evento. “A robótica aqui na Etec [Armando Pannunzio] é para todos. As atividades são abertas e acontecem fora do horário de aula”, explica a professora Mairá.

Um dos destaques do torneio foi o espírito esportivo. A equipe Spark, formada por veteranos, ofereceu suporte técnico aos estreantes. “Mesmo sendo uma competição, vimos rivais ajudando uns aos outros com peças e dicas. Esse é o verdadeiro espírito da nossa escola”, completa Rodrigo.
Os três primeiros colocados foram premiados com troféus, medalhas e placas controladoras Esp32 — componentes usados para programação e criação de novos robôs —, sendo toda a premiação produzida pelos próprios organizadores do torneio. (Murilo Aguiar - programa de estágio)

OS 3 PRIMEIROS

1º) Codezila
2º) Caveirão
3º) Mini Demolidor

 

 

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