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Primeira vitória

Alívio e comemoração

Palmeiras bate o Al-Ahly por 2 a 0 e assume a liderança do Grupo A do Mundial de Clubes; em Sorocaba, torcedores fazem a festa

19 de Junho de 2025 às 22:18
Thaís Marcolino [email protected]
Subsede da Mancha Alviverde fica lotada durante o jogo: emoção e confiança
Subsede da Mancha Alviverde fica lotada durante o jogo: emoção e confiança (Crédito: ALISSON ZANELLA)

O grito de gol ficou entalado no domingo, mas ontem (19) os torcedores que assistiram ao segundo jogo do Palmeiras pelo Mundial de Clubes da Fifa, puderam demonstrar a alegria de ficar, não só à frente do placar, como também sair da terceira colocação para a liderança do Grupo A. Na subsede do time, em Sorocaba, não faltou cantoria e muito apoio durante a partida diante do Al-Ahly, que terminou 2 a 0 com o triunfo alviverde.

Antes mesmo de o árbitro apitar no Metlife Stadium, em Nova Jersey, a Mancha Alviverde de Sorocaba já fazia barulho com o hino e os clássicos cantos da torcida, como o “Dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe Porco!”. O primeiro tempo não foi do jeito que os palmeirenses queriam, principalmente porque a sombra do “joga bem, mas não marca” ainda se fazia presente. Mas ainda restavam 45 minutos para fazer diferente. E algumas coisas precisavam mudar.

“O Abel vai dar uma puxada de orelha na rapaziada para acertar a pontaria. O jogo está bom. Porém, está faltando o detalhe, que é o chute para o gol. Estão errando muita bola, a eficiência não está boa no último passe”, observa Igor Placo Pereira, de 28 anos. O mecânico industrial ainda complementa: “O Palmeiras é um time inexplicável, às vezes achamos que não vai dar e, no fim, surpreende”.

E realmente, deu certo. O técnico multicampeão tirou Raphael Veiga e Vitor Roque — que pouco renderam na 1ª etapa — e lançou Maurício e Flaco López. A dupla deu o frescor à equipe e foram os protagonistas da vitória, que começou a ser construída a partir da sorte. Um gol contra do centroavante Abou Ali, de cabeça, no início do segundo tempo alterou o cenário e deixou o Palmeiras à vontade e com espaço para contra-atacar.

A hora que bola tocou o fundo da rede, a batucada da bateria parou por poucos segundos e deu espaço aos gritos de gol carregados de alívio, além de muitos pulos, abraços e para os torcedores mais emotivos, choro.

A vantagem no placar fez com que a música só aumentasse. Os clássicos “Olê, olê, olê, olê, Palmeiras!”, “Alegria, Alegria (A Taça Libertadores É Obsessão)” se misturavam aos gritos e momentos de suspense com os poucos ataques dos egípcios.

Se o Al-Ahly abriu a porteira da vitória, foi dos pés do ídolo Flaco López que o Palmeiras ampliou. Aos 13 minutos, o atacante recebeu de Maurício, finalizando no canto para deixar a torcida mais aliviada com os dois gols de diferença.

Quatro minutos depois, o jogo foi paralisado devido ao risco de tempestade. Nesse período, o clima na subsede da Mancha não esfriou em nenhum momento. Os alviverdes continuaram cantando, soltando fogos de artifício para incomodar os rivais.

“O pessoal veio em peso, lotou a nossa subsede e muito confiantes para consagrar nossa equipe com a vitória. Mesmo este ano ninguém da sede conseguindo ir, infelizmente, fazemos nossa festa aqui como se estivéssemos lá, mandamos essa energia positiva para a equipe e assim que tem que ser”, comenta Bruno Pietro Brazil, presidente da Mancha Alviverde Sorocaba.

Quarenta e cinco minutos depois, a partida em Nova Jersey retornou e quase que o Palmeiras faz o terceiro. Mas não fez e também não levou. Segurou o oponente do Egito, controlou o jogo e comemorou seus primeiros três pontos.

Pouco antes de o árbitro inglês Anthony Taylor dar o apito final, o clima da subsede em Sorocaba era de completa festa. Com uso de pisca com fumaça, os palestrinos que comandavam a bateria, pulavam enquanto puxaram o grito do orgulho de ser palmeirense com o “Eu Sou Palmeiras, Sim Senhor”, trazendo todo o restante da torcida para cantar em uma só voz e celebrar o feito.

Além do Palmeiras, o Inter Miami também ganhou a primeira no Mundial de Clubes da Fifa ao vencer o Porto, de virada, por 2 a 1. O time paulista fica a frente por saldo de gols.

Pode vir pedreira

O triunfo por 2 a 0 sobre o Al-Ahly deixa o time paulista confortável no Grupo A. São quatro pontos e a liderança da chave, no momento. O time viaja a Miami para fechar a fase de grupos contra o Inter Miami, equipe de Messi. O duelo está marcado para a próxima segunda-feira (23), às 22h (horário de Brasília).

A vitória de ontem (19) dá um grande alívio à torcida que está ciente de que pode pegar uma pedreira europeia logo nas oitavas: o Paris Saint-Germain. No entanto, há palmeirense que confia no potencial da equipe e no comando de Abel Ferreira.

“Sabemos jogar com esses times grandes. O Palmeiras é grande, sempre foi grande. Hoje somos o maior do Brasil, em títulos e tudo, mas é o PSG, todo mundo sabe, atual campeão da Champions League e está vindo em sequência forte, ganhando os jogos na Copa do Mundo, mas a hora que a bola rola não tem favoritismo. O futebol é detalhe”, finaliza o açougueiro Paulo José Barnabé, 44 anos.

 GRUPO A

1º - Palmeiras (4 pontos)
2 - Inter Miami (4 pontos)
3 - Porto (1 ponto)
4 - Al-Ahly (1 ponto)

 

MUNDIAL DE
CLUBES DA FIFA

Jogos de hoje (20)
13h - Benfica x Auckland City
15h - Flamengo x Chelsea
19h - Los Angeles x Espérance
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