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Luta

Medalhistas no Brasileiro de Kung-Fu

Cinco atletas da equipe Ien Jiao Ton Lon, de Sorocaba, ganham medalhas na 30ª edição da competição nacional

05 de Dezembro de 2024 às 21:30
Cruzeiro do Sul [email protected]
Representantes da equipe sorocabana comemoram: buscam apoio para competir
Representantes da equipe sorocabana comemoram: buscam apoio para competir (Crédito: DIVULGAÇÃO)


A equipe Yan Jiao Ton Lon, de Sorocaba, foi medalhista na 30ª edição do Campeonato Brasileiro de Kung-Fu, realizado em novembro, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. O evento foi organizado pela Confederação Brasileira de Artes Marciais Chinesas (CBAMC).

O time, formado por Augusto Braz Menerato, Felipe Moraes Vieira, Guilherme Luiz Guimarães Del Rey, Juliano Henrique Christ e Saulo Valim, com a instrução do mestre Jorge César Custódio, conquistou ao todo seis medalhas de ouro e duas de bronze.

Na modalidade toi tcha mãos, por exemplo, onde as demonstrações de técnicas são avaliadas por três árbitros, ganha quem obtiver a maior nota de avaliação. Guilherme, Juliano e Augusto alcançaram o lugar mais alto do pódio.

Já no toi tcha armas, Guilherme e Juliano foram ouro, com os bronzes da dupla Saulo e Juliano. Já na categoria kati de armas, Felipe foi primeiro lugar.

Guilherme, que competiu, mas também é instrutor de luta, conta que é muito importante participar de competições de nível nacional. “Representar a nossa academia é um grande desafio, pois podemos colocar em prática o nosso trabalho e o treinamento de um ano todo, superando nossos limites”, afirma.

Para Juliano, a sensação é de dever cumprido e de desafio superado. “Além de sempre melhorar as técnicas em uma arte que nos enobrece, faz bem para o corpo, a mente e o espírito participar dessas competições”, acrescenta.

Augusto revela que o Brasileiro teve um significado especial a ele. “Após muito tempo longe do esporte que tanto amo, retornar e, em pouco tempo, conquistar a medalha de ouro é uma sensação indescritível.”

Já para Felipe, “a sensação é de objetivo alcançado. A dedicação foi redobrada e fui recompensado sendo campeão brasileiro na minha categoria”.

Superação

A medalha de bronze de Saulo traz consigo uma história de superação. “Em 2021, tive um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Quando fui atendido na emergência, os médicos disseram para a minha esposa que eu não tinha recuperação”, lembra. “O processo foi longo até eu chegar aqui, mas na minha família e no kung-fu, tive o apoio que precisava.”

Saulo, que não quis participar da categoria para pessoas com deficiência (PcD), competiu em dupla com Juliano, devido a sua limitação, no toi tcha de armas.

Segundo ele, o bronze teve um valor diferente, pois representa a superação do AVC. “A arte marcial é para todos, inclusive para as PcD”, finaliza. (Murilo Aguiar - programa de estágio)