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Brilho da prata

Rebeca se torna brasileira com mais medalhas na história das Olimpíadas

01 de Agosto de 2024 às 22:12
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Ginasta conquistou prata no individual geral e agora tem quatro medalhas desde Tóquio
Ginasta conquistou prata no individual geral e agora tem quatro medalhas desde Tóquio (Crédito: LIONEL BONAVENTURE / AFP (1/8/2024))

Aos 25 anos e em seu terceiro ciclo olímpico, Rebeca Andrade já é a brasileira com o maior número de medalhas na história da Olimpíada. A prata conquistada ontem (1º) no individual geral da ginástica artística em Paris-2024 é a quarta da atleta desde Tóquio, quando ela conquistou as duas primeiras medalhas femininas da modalidade para o País. Ela terminou com a nota 57,932, melhor do que aquela obtida nos últimos Jogos (57,298).

Rebeca supera as marcas da ex-jogadora de vôlei Fofão e da judoca Mayra Aguiar, que conquistaram três medalhas ao longo das carreiras. A segunda ainda compete na categoria por equipes em Paris-2024 e pode chegar a seu quarto pódio, mas não pode mais ultrapassar a ginasta, já que foi eliminada da disputa até 78 kg logo na estreia, também nesta quinta.

A ginasta, por sua vez, ainda disputará três finais até o fim da Olimpíada (trave, solo e salto) e pode chegar à marca de sete medalhas. Com base no desempenho obtido na final por equipes, Rebeca conquistaria pódio no solo e no salto, além do individual geral. Isso a faria superar o recorde de medalhas dos velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, maiores medalhistas olímpicos da história do País, com cinco medalhas cada.

Ao se classificar para cinco finais em Paris, Rebeca superou as marcas de Jade Barbosa (Pequim-2008) e dela mesma, em Tóquio, em 2021. Em ambos os casos, as ginastas haviam disputado três decisões nos Jogos.

Ao longo do individual geral, Rebeca brigou com Simone Biles, ginasta dos Estados Unidos que levou o ouro, desde o primeiro aparelho — chegou a assumir a liderança após as barras assimétricas, segundo aparelho a ser executado. Ela também melhorou seu desempenho em relação a Tóquio. Depois de uma série de lesões na carreira, principalmente de ligamento, a ginasta vive em Paris a melhor fase de sua carreira.

“É uma honra, eu me sinto privilegiada diante de tantas coisas que poderiam acontecer e tantas pessoas que poderiam ter sido escolhidas. Eu consegui fazer parte da porcentagem de mulheres que está crescendo no esporte”, afirmou a atleta de 25 anos.

Rebeca aproveitou também o momento especial para desfrutar da presença de uma pessoa mais do que especial nestes Jogos de Paris: a sua mãe. ‘Eu vivo ginástica, isso aqui é minha vida. Minha mãe estar assistindo, orando, pedindo para dar tudo certo, é maravilhoso”, disse em tom de alegria. (Estadão Conteúdo)