Clássico da saudade
Começa amanhã!
Santos e Palmeiras fazem primeiro jogo da decisão do Paulistão na Vila
Afinal do Campeonato Paulista está definida entre Palmeiras e Santos. O primeiro jogo acontece amanhã (31), Domingo de Páscoa, na Vila Belmiro. A decisão está agendada para 7 de abril, no Allianz Parque. Será a 11ª vez que as equipes decidem o Paulistão, em uma história que tem quase 100 anos. A final também marca o duelo entre a primeira e segunda melhor campanha desta edição do Estadual.
Das dez vezes em que os dois clubes definiram o campeão paulista, nove foram em edições que não tinham, necessariamente, partidas finais. O Peixe levou a melhor em sete oportunidades, contra três do alviverde. A primeira vez que os times disputaram o título diretamente foi nos pontos corridos no ano de 1927. O Palmeiras ainda se chamava Palestra Itália e foi campeão com um ponto a mais. Oito anos depois, em 1935, a situação foi inversa. O (ainda) Palestra ficou dois pontos atrás do Santos, que conquistou o primeiro título estadual do clube.
Quando já era Palmeiras, em 1950, a equipe alviverde foi campeã. O Santos ficou um ponto atrás, junto do São Paulo. Santistas e são-paulinos dividiram o vice-campeonato, já que o regulamento não previa critérios de desempate além do campeão. O São Paulo, contudo, teve melhor saldo de gols.
A próxima edição que teve os dois times disputando o título é conhecida como Supercampeonato Paulista e foi em 1959. Empatados em pontos, Santos e Palmeiras fizeram três jogos de desempate, com dois empates e uma vitória palmeirense por 2 a 1.
No Supercampeonato, Pelé foi o goleador do torneio pela terceira vez consecutiva, no que seria uma sequência de nove artilharias seguidas do Rei. Ao todo, ele foi o melhor marcador em 11 edições. Uma das artilharias de Pelé foi no torneio de 1961, em que o Santos superou o Palmeiras por três pontos e foi campeão. Ainda na década de 1960, o Santos foi campeão três vezes, com o Palmeiras logo atrás,em 1964, 1965 e 1969.
Na edição de 1973, o Palmeiras foi vice, mas por um erro de arbitragem. A final era entre Santos e Portuguesa, que empataram. A disputa derradeira foi nos pênaltis, e o árbitro Armando Marques deu a vitória ao Santos. Em campo, os jogadores comemoraram. A contagem das penalidades, porém, estava equivocada. A Federação Paulista de Futebol (FPF) decidiu dividir o título entre as duas equipes, fazendo com que o Palmeiras ficasse com o vice-campeonato. Dirigentes santistas tentaram recorrer, mas sem sucesso.
Somente depois de 42 anos é que Palmeiras e Santos voltaram a definir um Campeonato Paulista. Em 2015, foi a primeira vez que o formato possibilitou uma final entre os dois times, sem ser um jogo de desempate. As duas equipes chegaram com as melhores campanhas dos seus grupos.
No mata-mata, o Palmeiras passou por Botafogo-SP e Corinthians, enquanto o Santos eliminou XV de Piracicaba e São Paulo. No jogo de ida da final, o Palmeiras venceu por 1 a 0. O Santos empatou a série no jogo de volta vencendo por 2 a 1 e levou a melhor nos pênaltis.
Os confrontos intensificaram a rivalidade entre os clubes. Naquele mesmo ano, ambos fizeram a final da Copa do Brasil. O torneio nacional teve roteiro diferente, com título do Palmeiras nos pênaltis. As provocações santistas do começo do ano inverteram-se e partiram, então, do lado palmeirense.
O Palmeiras é o segundo time com mais títulos paulistas, com 25 conquistas, atrás do Corinthians (com 30). Três delas foram em cima do Santos, o qual é o quarto no ranking de maiores campeões, com 22 títulos.
Do total, os santistas venceram sete vezes em cima do Palmeiras. O histórico é favorável ao Santos, mas o Palmeiras vive momento superior que a equipe alvinegra. Enquanto o rival da Vila Belmiro encara a primeira temporada na Série B do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras está na quinta final consecutiva do Paulistão, é o atual campeão brasileiro, e tem se acostumado a empilhar títulos nos últimos anos.
(Da Redação, com Estadão Conteúdo)
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