Crise na CBF
STF devolve presidência a Ednaldo
Ednaldo Rodrigues foi reconduzido à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ontem (4). Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), despachou favoravelmente ao dirigente após a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advocacia-Geral da União (AGU) publicarem pareceres favoráveis à suspensão da decisão judicial que afastou Ednaldo do cargo. Foi determinado o retorno imediato de Ednaldo ao cargo, mas o caso ainda deverá ser julgado pelo colegiado da Corte após o fim do recesso.
O STF foi acionado pelo PC do B, autor de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) para tentar obter medida cautelar contra uma decisão emitida pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) no início de dezembro do ano passado. Tal decisão destituiu o presidente da CBF a partir do cancelamento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a entidade e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), em março de 2022, antes das eleições que tiveram Ednaldo, até então interino, como vencedor.
Anteriormente, o PC do B, que já havia tentado recolocar Ednaldo no cargo, alegou “fatos novos” para mover a nova ação. Um deles se refere à possibilidade de a seleção brasileira masculina de futebol ficar fora da Olimpíada de Paris-2024 por não poder se inscrever no Pré-Olímpico a tempo. A inscrição junto à Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) tem prazo até hoje (5). O risco enfrentado pela entidade por causa da demora na resolução também pesou a favor de Ednaldo.
Na segunda-feira (8), uma comitiva com três integrantes da Fifa e da Conmebol desembarca no Brasil para visitar a sede da CBF e acompanhar de perto o desenrolar do caso. (Da Redação)