O mistério continua
Schumacher completa 55 anos sem notícias sobre sua recuperação
O lendário ex-piloto de Fórmula 1 Michael Schumacher completou 55 anos ontem (3). E o que mais intriga os fãs e a imprensa é o sigilo que envolve seu estado de saúde desde o acidente de esqui que sofreu em dezembro de 2013, nos Alpes Franceses, lhe provocando traumatismo craniano. O episódio o tirou de cena, pouco tempo depois da sua aposentadoria das pistas, que durante tantos anos lhe ofereceram situações de perigo.
A família de Schumacher tem mantido um cerco de privacidade sobre as informações referentes à condição do heptacampeão mundial, limitando ao máximo os detalhes divulgados à imprensa e aos fãs. Desde o acidente, Schumacher tem estado totalmente fora dos holofotes, sendo raras as atualizações sobre sua saúde.
Em junho de 2014, o ex-piloto acordou do coma e foi transferido para outro hospital, saindo de Grenoble para Lausanne, na Suíça. Em setembro do mesmo ano, Schumacher deixou o hospital para seguir com o tratamento em sua casa, em Lake Geneva, na Suíça, onde foi montada uma UTI. Ele passou a ser cuidado pela mulher e por uma equipe médica.
Em 2019, Schumacher foi levado a Paris, capital francesa, para um tratamento experimental com células-tronco. Mas não houve informações sobre resultados positivos. Ele estaria acordado, respirando sem ajuda de aparelhos, mas impossibilitado de se comunicar. Por ser um esportista, seu corpo era bem preparado.
Entretanto, algumas notícias recentes indicam que Schumacher tem sido submetido a terapias promissoras. Uma abordagem notável inclui o uso de sons de carros de corrida para estimular certas funções cognitivas. A ideia é explorar a ligação emocional do ex-piloto com o mundo das corridas, buscando reações positivas que possam contribuir para sua reabilitação.
Essa abordagem inovadora, apesar de envolta em mistério, oferece um vislumbre de esperança para os fãs que aguardam ansiosos por notícias positivas sobre o ídolo das pistas. No entanto, é importante ressaltar que a família continua a pedir compreensão e respeito pela privacidade durante esse período desafiador.
Discrição
Uma das poucas pessoas, fora médicos e enfermeiros, que mantêm contato com os familiares é Jean Todt, ex-presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e ex-chefe da Ferrari, escuderia onde Schumacher trabalhou ao lado de Rubens Barrichello. Corinna Betsch, esposa de Schumacher, tem um protocolo restritivo ao máximo sobre quem pode ter acesso ao lendário piloto.
O filho do piloto, Mick Schumacher, piloto reserva da Mercedes na atual temporada da Fórmula 1, tampouco comenta sobre o estado de saúde do pai. Uma das poucas vezes que Corinna falou ao público foi no documentário “Schumacher”, da Netflix, no qual ela dá um depoimento comovente sobre o estado de saúde do marido. “Todo mundo sente falta de Michael, mas ele está aqui. Diferente, mas ele está aqui e isso nos dá força, eu acho”. Nas poucas informações, representantes da família disseram que Schumacher se recupera lentamente. Pietro Ferrari, filho do dono da escuderia italiana, disse uma vez que o piloto alemão não consegue se comunicar.
Os amigos que frequentam a casa ou que têm alguma informação preferem respeitar os pedidos de discrição de Corinna. Ela sempre respeitou os amigos do marido da F1, como pilotos e chefes de equipe, mas nunca abriu sua casa para que eles pudessem ver Michael. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)