Futebol
Patrocínio de Endrick dá ‘dor de cabeça’
Endrick, campeão brasileiro pelo Palmeiras e revelação do ano, assinou na última semana contrato de R$ 12,5 milhões com a Neosaldina, medicamento para alívio nas dores de cabeça, com duração de cinco anos. No entanto, uma das substâncias presentes na composição do remédio é proibida e considerada doping para atletas, de acordo com a Agência Mundial Antidopagem (Wada).
O estafe de Endrick afirmou que “a Neosaldina e as agências que cuidam da carreira do atleta têm absoluta convicção de que essa parceria foi feita respeitando todas as regras das agências antidoping e desportivas no Brasil e no mundo”.
O isometepteno, proibido pela agência, está presente na fórmula do medicamento na forma de mucato. Ele atua tanto na redução da dilatação dos vasos sanguíneos cerebrais, que contribui para a redução da dor na região, quanto na potencialização do efeito analgésico. Na lista mais recente da Wada, lançada em dezembro de 2022, a informação aparece na página 15, na seção S6, como um estimulante proibido.
Substâncias estimulantes, como o isometepteno, podem mascarar a presença de outros agente químicos, expressamente proibidos aos atletas profissionais. Seu uso pode acarretar em punições na esfera desportiva. No caso de Endrick, não há provas de que o atacante utilizou o medicamento. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)