Esportes
Torcedores do Santos invadem Vila Belmiro um dia após rebaixamento no Brasileirão
Os torcedores queriam falar com o presidente Andres Rueda, que está se despedindo do clube
Um dia depois de ser rebaixado no Campeonato Brasileiro, o Santos voltou a sofrer com a revolta de torcedores. Nesta quinta-feira (7), um grupo com cerca de 20 torcedores invadiu a Vila Belmiro, assustando funcionários do clube paulista. De acordo com o Santos, não houve feridos ou danos ao patrimônio do clube.
Inicialmente, os torcedores queriam falar com o presidente Andres Rueda, que está se despedindo do clube - o clube tem eleição neste sábado. O mandatário, contudo, atua no CT Rei Pelé, embora a maior parte da estrutura administrativa do Santos fique na Vila Belmiro. Nenhum diretor estava presente no estádio.
Sem encontrar Rueda, o grupo de torcedores tentou ter acesso aos vídeos gravados pelas câmeras de segurança, sem sucesso. A Polícia Militar chegou rapidamente ao local e pôs fim ao tumulto. O clube não informou se houve detenções.
Os arredores da Vila Belmiro estão agitados desde a noite de quarta-feira, quando o Santos perdeu para o Fortaleza por 2 a 1, no estádio, e teve decretado seu primeiro rebaixamento da história. Com o tropeço e as vitórias dos rivais diretos, o time paulista ficou em 17º lugar e herdou a última vaga na Série B do Campeonato Brasileiro.
Na Vila, a confusão começou antes mesmo do apito final. Torcedores invadiram o gramado, outros danificaram parte da estrutura do estádio. Nas ruas ao redor do local, torcedores protagonizaram cenário de guerra, com bombas, sinalizadores, fogos de artifício e pedras e garrafas arremessadas contra policiais.
De acordo com a Secretaria de Segurança de São Paulo (SSP), seis ônibus e quatro automóveis foram incendiados pelos torcedores. Durante a ação, 11 policiais foram feridos e duas viaturas, danificadas.
Os agentes usaram bombas de efeito moral e gás de pimenta para dispersar o tumulto, o que deixou jogadores, comissão técnica, funcionários e imprensa com dificuldade para respirar dentro do estádio, nos minutos seguintes ao apito final. A cavalaria da Polícia Militar também foi acionada para reforçar a segurança e um helicóptero da PM sobrevoou o estádio durante quase uma hora. (Estadão Conteúdo)