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Seleção brasileira

O maior desafio para o ‘dinizismo’

Brasil precisa vencer a Argentina para não correr o risco de deixar zona de classificação das Eliminatórias

20 de Novembro de 2023 às 22:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Sem vencer há três jogos, seleção vive o pior momento da
Sem vencer há três jogos, seleção vive o pior momento da "Era Diniz" (Crédito: JOILSON MARCONNE / CBF (19/11/2023))

A seleção brasileira enfrenta hoje (21) a Argentina, às 21h30, no Maracanã, pela sexta rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026. Com o “dinizismo” em crise, o Brasil vai precisar derrotar a atual campeã mundial para findar a sequência negativa na competição e não correr o risco de ficar fora da zona de classificação. O clássico pode marcar, ainda, a última partida de Lionel Messi no País.

Sem vencer há três partidas, a seleção vive o seu pior momento desde que o técnico Fernando Diniz assumiu interinamente o comando da equipe, acumulando o cargo com o seu trabalho no Fluminense, enquanto a CBF aguarda por Carlo Ancelotti.

Depois de estrear com goleada por 5 a 1 sobre a Bolívia e vencer por 1 a 0 o Peru, o time brasileiro empatou com a modesta Venezuela, em casa, por 1 a 1, e amargou derrotas fora de casa para Uruguai (2 a 0) e Colômbia (2 a 1).

Foi a primeira vez na história que o Brasil perdeu duas partidas consecutivas em Eliminatórias.

Em oito jogos disputados em 2023, metade sob o comando do técnico do time sub-23 Ramon Menezes, a seleção brasileira já foi derrotada quatro vezes. A última vez que o Brasil perdeu o mesmo número de partidas em um único ano foi em 2003, logo após a conquista do pentacampeonato.

Se perder a quinta, diante da Argentina, vai igualar uma marca que não ocorre desde 1968.

A necessidade de vitória diante de Messi & Cia. também se deve ao risco de a seleção terminar a Data Fifa fora do G6 para a Copa de 2026.

Na quinta posição, com sete pontos, o Brasil pode cair para sétimo se, além de não fazer o dever de casa, o Paraguai derrotar a Colômbia, e o confronto entre Equador e Chile não terminar empatado.

O time brasileiro saiu da zona de classificação pela última vez em 2016, quando o técnico era Dunga. Os resultados negativos culminaram na demissão do treinador, com Tite sendo contratado para assumir a vaga.

A fase ruim da seleção coincide com uma queda de rendimento do setor defensivo. Junto com o Chile, o Brasil tem a segunda pior defesa das Eliminatórias, com seis gols sofridos em cinco jogos -- a Bolívia é a pior, tendo sido vazada 11 vezes.

Diante da Colômbia, o Brasil foi sufocado no segundo tempo, com o adversário finalizando incríveis 23 vezes até virar o placar. Foi a primeira vitória colombiana sobre o time brasileiro na história em uma classificatória de Copa.

Sem Neymar, fora por causa de uma grave lesão no joelho esquerdo, a seleção também perdeu Vini Jr. por contusão e deve ter mudanças no ataque. A comissão técnica aguarda para saber se Gabriel Jesus, que foi convocado enquanto ainda se recupera de um problema na coxa, terá condições de jogo.

Caso contrário, João Pedro, do Brighton, e Endrick, joia de 17 anos do Palmeiras, disputam a vaga. Na lateral-esquerda, Carlos Augusto, da Inter de Milão, ganha o lugar de Renan Lodi, do Olympique de Marselha.

O clássico entre Brasil e Argentina também deve marcar a última vez em que Messi vai disputar uma partida no Brasil. O Maracanã foi cenário para momentos distintos na carreira do craque.

Em 2014, ele ficou com o vice da Copa do Mundo para a Alemanha. Sete anos depois, ergueu no estádio a taça da Copa América, seu primeiro título pela seleção albiceleste.

A conquista encerrou um jejum de 28 anos dos hermanos sem título e foi essencial para dar confiança à equipe na campanha do tricampeonato na Copa do Catar.

Ao todo, Messi disputou 22 partidas em solo brasileiro, com 13 vitórias, cinco empates e quatro derrotas. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)


BRASIL X ARGENTINA

Brasil - Alisson; Emerson Royal, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Carlos Augusto; André e Bruno Guimarães; Raphinha, Gabriel Jesus, Rodrygo e Gabriel Martinelli. Técnico: Fernando Diniz

Argentina - Emiliano Martínez; Molina, Cristian Romero, Otamendi e Tagliafico; De Paul (Paredes), Enzo Fernández e Mac Allister; Lionel Messi, Julián Álvarez (Lautaro Martínez) e Di Maria. Técnico: Lionel Scaloni

Árbitro - Piedro Maza (CHI)

Horário - 21h30

Local - Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)