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Luto

Morre Marinho Peres, ex-zagueiro de São Bento, Santos, seleção brasileira e Palmeiras

Causas da morte não foram informadas. Ele sofreu um AVC em 2019

18 de Setembro de 2023 às 20:07
Cruzeiro do Sul [email protected]
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O ex-jogador tinha 76 anos (Crédito: Arquivo pessoal)

O ex-zagueiro sorocabano Mário Peres Ulibarri, o Marinho Peres, um dos principais jogadores de futebol revelados pelo esporte local, morreu no início da noite desta segunda-feira (18), aos 76 anos. A informação foi publicada por um sobrinho nas redes sociais. As causas da morte não foram informadas. A cerimônia de despedida está marcada na Ossel da Vila Assis, das 10h às 16h. O corpo do ex-jogador será cremado em Vargem Grande Paulista. 

Marinho Peres sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) em julho de 2019, quando esteve internado em um hospital de Sorocaba, e desde então estava com a saúde debilitada. Foi novamente hospitalizado há alguns dias.

O ex-defensor começou a carreira no São Bento, em 1967, vindo do Estrada de Ferro Sorocabana FC. Do Azulão, transferiu-se para a Portuguesa, onde marcou o primeiro gol da Lusa na história do estádio do Canindé e recebeu o sufixo “Peres” que marcaria a sua carreira -- para diferenciar de um outro Marinho, que jogava como lateral. De 1972 a 1974 defendeu o Santos, sendo campeão paulista em 1973, ao lado de Pelé, Edu e Carlos Alberto Torres, dividido justamente com a Lusa, sua ex-equipe. Foram 94 jogos e cinco gols com a camisa santista.

Entre 1974 a 1976, passou três temporadas na Espanha, atuando pelo FC Barcelona -- equipe que deixou (com o apoio dos dirigentes do clube) quando foi convocado para o serviço militar espanhol.

Foi o capitão da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1974, disputada na Alemanha, após a saída de Piazza, durante a primeira fase. O Brasil terminou em quarto lugar, perdendo para Holanda e Polônia. Ao todo, com a amarelinha, disputou quinze partidas (três não oficiais) e anotou um gol.

No retorno ao Brasil, foi contratado pelo Internacional em 1976, conquistando o Brasileirão ao lado de Falcão e Dadá Maravilha, entre outros. Atuou pelo Colorado até 1977, quando se transferiu para o Palmeiras, camisa que vestiu até 1980, com 72 jogos (35 vitórias, 22 empates e 15 derrotas), com um gol marcado. Encerrou a carreira como jogador, ainda em 1980, pelo América (RJ), assumindo o comando da equipe ao final da temporada, como treinador.

Sua carreira como técnico teve maior sucesso em Portugal -- em uma época que o futebol brasileiro mandava treinadores para lá, e não o contrário. Passou quatro vezes pelo Vitória de Guimarães, duas pelo Belenenses -- vencendo a Taça de Portugal em 1989 -- e uma por Sporting (onde revelou o astro Figo) e Marítimo, além do Aviação, de Angola, e da seleção de El Salvador. No Brasil, comandou ainda Santos, União São João, Botafogo, Juventude e Paysandu. (Da Redação)