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Três jogos abrem hoje a Copa do Mundo de Futebol Feminino

19 de Julho de 2023 às 23:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Brasil fez ontem o primeiro treino em Brisbane
Brasil fez ontem o primeiro treino em Brisbane (Crédito: THAÍS MAGALHÃES / CBF (19/7/2023))

A Copa do Mundo de Futebol Feminino, a ser disputada na Austrália e na Nova Zelândia a partir da madrugada de hoje (20), será marcado pela expectativa de público recorde, aumento na exposição da marca e transição de gerações. Lendas como Marta e a americana Megan Rapinoe vão fazer a sua última “dança”, enquanto o torneio será uma oportunidade de afirmação para novas estrelas, como a espanhola Alexia Putellas. A partida de estreia, às 4h (horário de Brasília), será entre Nova Zelândia e Noruega.

Esperança de título inédito para o Brasil, Marta vai para a sua sexta Copa do Mundo. Aos 37 anos e sofrendo com lesões, a jogadora admitiu que o Mundial da Austrália e da Nova Zelândia será a última de sua carreira. Apesar de ter sido eleita a melhor jogadora do mundo por seis vezes, ela ainda não subiu ao lugar mais alto do pódio com o Brasil. Seu maior feito foi a prata na Olimpíada de Pequim-2008. Um ano antes, ajudou o País a conseguir sua melhor posição em Mundiais, com o vice-campeonato na China. Com 17 gols em 20 jogos de Mundiais, a Rainha do Futebol é a maior artilheira da história das Copas, à frente inclusive no masculino, cujo detentor é o alemão Miroslav Klose com 16 gols.

Quem também anunciou que fará sua despedida no Mundial deste ano é a estrela americana Megan Rapinoe, de 38 anos. Bicampeã das Copas do Mundo no Canadá-2015 e França-2019, e conhecida por seu ativismo nos Estados Unidos, a atacante quer se despedir ajudando os EUA a conquistar o pentacampeonato e ampliar a sua hegemonia no torneio.

A Espanha chega como uma das favoritas ao título por ter a maior estrela do futebol feminino na atualidade. A atacante Alexia Putellas, de 29 anos, faturou os prêmios Bola de Ouro, da revista France Football, e The Best da Fifa, nos últimos dois anos. Atual campeã da Eurocopa, a Inglaterra dispõe da goleira Mary Earps, de 30 anos, e a zagueira Lucy Bronze, de 31. Vice na Euro, a Alemanha chega para o Mundial com uma de suas melhores gerações desde o bicampeonato de 2003 e 2007. As meias Lena Oberdorf e Lina Magull e a atacante Alexandra Popp são os principais destaques.

Este será o primeiro Mundial feminino a ser disputado por 32 seleções -- a edição anterior contou com 24 equipes. Ao todo, serão 64 jogos, com a final marcada para o dia 20 de agosto, no Estádio Olímpico de Sydney. O valor total do prêmio a ser pago pela Fifa é de US$ 150 milhões (R$ 527 milhões), o que representa um aumento de 300% em relação à edição anterior, na França, em 2019, mas ainda longe do que é pago no masculino: na Copa do Catar, vencida pela Argentina, o valor distribuído entre as seleções foi de US$ 440 milhões (aproximadamente R$ 2,11 bilhões).

Brasil

O Brasil estreia no Mundial na próxima segunda-feira (24), diante do Panamá, às 7h, em Adelaide, na Austrália. Na sequência, enfrenta a França, no dia 29, em Melbourne, e fecha a participação na fase de grupo contra a Jamaica, no dia 2 de agosto. Ontem (19), a técnica Pia Sundhage comandou o primeiro treinamento em Brisbane, cidade-sede na primeira fase, aberto para os torcedores e a imprensa. A atacante Marta e a defensora Tainara fizeram trabalho de transição, já que se recuperam de um edema na coxa. (Da Redação, com Agência Brasil e Estadão Conteúdo)

JOGOS DE HOJE
4h - Nova Zelândia x Noruega
7h - Austrália x Irlanda
23h30 - Nigéria x Canadá

Amanhã
2h - Filipinas x Suíça