Futebol
Solto acusado de atirar garrafa que matou torcedora

Leonardo Felipe Xavier Santiago, torcedor do Flamengo suspeito de atirar a garrafa cujos estilhaços mataram a palmeirense Gabriela Anelli, deixou ontem (12) a cadeia em que estava desde o último sábado (8), quando foi preso após a briga entre as torcidas que resultou na morte da jovem torcedora palmeirense Gabriela Anelli no entorno do Allianz Parque. Ele estava preso preventivamente desde sábado no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Pinheiros, na zona oeste da Capital, havia sido indiciado por homicídio doloso -- quando há a intenção de matar -- e vai, agora, responder em liberdade. Seus advogados afirmaram que ele está “aliviado” com a decisão da Justiça de São Paulo, mas teme pela sua vida.
A soltura se deu por ordem da juíza Marcela Raia de Sant’Anna, da 5ª Vara do Júri de São Paulo, que acolheu a solicitação do Ministério Público. Ela também determinou que o caso passe a ser investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e não mais pela Delegacia de Repressão e Análise aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade).
O caso vinha sendo conduzido pelo delegado Cesar Saad, que afirmou reiteradas vezes em entrevista que Santiago tinha confessado, em conversa informal com os policiais, ter atirado a garrafa que feriu e matou Gabriela. No entanto, em depoimento oficial na delegacia, Santiago deu outra versão. Ele disse que palmeirenses jogaram rojões em direção à torcida do Flamengo e que, como revide, lançou pedras de gelo, “mas essas eram muito pequenas e sequer atingiram a barreira”.
Na decisão, a juíza critica Saad pela condução do caso e menciona imagens que mostram que o homem que lançou uma garrafa em direção aos palmeirenses não se parece fisicamente com Santiago. Ela afirma que o delegado “se mostrou açodado e despreparado para conduzir as investigações”. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)