Racismo
Vini Jr. ganha apoio após novo caso de racismo
Após sofrer mais um episódio de racismo, anteontem (21), na Espanha, o atacante brasileiro do Real Madrid e da seleção brasileira Vinicius Júnior recebeu diversas manifestações de solidariedade. Ele foi vítima de ataques racistas por parte dos torcedores do Valencia, em uma partida do Campeonato Espanhol. No estádio Mestalla, a torcida rival o chamava de “mono”, termo espanhol que significa “macaco”. O jogo foi paralisado pelo árbitro, mas foi retomado posteriormente. Vini Jr foi expulso nos acréscimos após acertar o braço no atacante Hugo Duro.
“Não foi a primeira vez nem a segunda nem a terceira. O racismo é comum na LaLiga. A competição acha normal, a federação também e os adversários incentivam. Lamento muito”, escreveu Vini Jr., no Twitter.
Em entrevista na reunião da cúpula do G7, em Hiroshima, no Japão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou o episódio, assim como os ministros do Esporte, Ana Moser; da Igualdade Racial, Anielle Franco; e dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio de Almeida, bem como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. O Ministério da Igualdade Racial (MIR) acionará autoridades da Espanha para tomar providências. Entidades e clubes como Flamengo, Palmeiras e Corinthians também se posicionaram.
O Real Madrid denunciou os insultos racistas ao Ministério Público da Espanha como crimes de ódio e discriminação. A direção do Valencia prometeu identificar e banir torcedores que proferiram ofensas racistas. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, demonstrou apoio ao brasileiro e indicou que o jogo deveria ter sido finalizado. (Da Redação, com AFP, Agência Brasil e Estadão Conteúdo)