Futebol
Vítor Pereira rebate possibilidade de demissão
"'Acha que tenho medo?", disse na entrevista coletiva após o jogo em que seu time, o Corinthians, perdeu para o Palmeiras
A coletiva de Vítor Pereira atrasou por cerca de 40 minutos após a derrota do Corinthians por 1 a 0 frente ao Palmeiras, na noite deste sábado (13), na Neo Química Arena, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. Uma demissão vinha sendo cogitada, mas o treinador mostrou não ter qualquer preocupação com a possibilidade de deixar o clube alvinegro.
"Você deve estar a brincar comigo, cara. Eu, nesta fase da minha vida, da minha carreira, tenho medo de perder o emprego? Sabe quanto dinheiro eu tenho no banco, amigo? Eu tenho a vida estabilizada", esbravejou.
O treinador tentou minimizar o resultado e exaltou o desempenho de sua equipe contra o líder do campeonato. "Não tivemos intensidade hoje? Não pressionamos o Palmeiras? Não criamos oportunidades? Não lembro do Palmeiras ter feito nada. Perda de tempo para tentar levar o jogo até o final e acabou sendo premiado. Muitos jogadores chegaram, outros saíram. Não tivemos tempo de trabalhar em conjunto. É natural ter alguma falta de ligação, mas não tem essa deles não estarem de acordo com a forma de jogar."
O futuro do Corinthians na temporada pode ser na quarta-feira, quando enfrentará o Atlético-GO, às 21h30, na Neo Química Arena, pela Copa do Brasil. Em Goiânia, o time alvinegro perdeu por 2 a 0.
"Temos que dar uma resposta forte, com coragem. Foi o que fizemos hoje. Não estou satisfeito com o resultado, mas não posso apontar nada aos jogadores. E é essa a resposta que precisamos dar no próximo jogo para reverter o resultado contra o Atlético-GO", falou.
Vítor Pereira falou também sobre as ameaças que alguns jogadores têm enfrentado nos últimos dias. Willian deixou o clube por causa disso, enquanto que a família de Fagner usou as redes sociais para revelar as ameaças sofridas logo após a derrota deste domingo.
"Infelizmente o futebol está assim. Hoje somos os maiores, mas se as coisas correm mal, somos os piores. A sociedade tem muita projeção e como não há censura, tudo é possível. Até um menino de 10 anos pode escrever e ter seguidores. Precisamos estar preparados para ouvir elogios e críticas. Com as famílias é igual. Precisamos valorizar o que realmente importa: trabalhar, estar unidos, dar a volta por cima e proporcionar bons jogos. Se valorizarmos as ameaças não podemos estar no futebol, precisamos de outra profissão", disse o treinador.
A primeira derrota do Corinthians na Neo Química Arena no Brasileirão deixou o Corinthians, com 39 pontos, nove atrás do Palmeiras, que disparou na liderança da competição.
(Estadão Conteúdo)