Menos de um dia após golear o São Paulo por 4 a 0 e erguer a taça do Paulistão 2022, o Palmeiras já voltou ao trabalho ontem (4), reapresentando-se à tarde na Academia de Futebol e iniciando a preparação para a estreia na Copa Libertadores. O atual bicampeão da América enfrenta amanhã (6) o Deportivo Táchira, da Venezuela, às 21h, no estádio Pueblo Nuevo, em San Cristóbal. Emelec-EQU e Independiente Petrolero-BOL completam o Grupo A da primeira fase.

Os jogadores que atuaram por mais de 45 minutos contra o São Paulo fizeram atividades regenerativas. O lateral-esquerdo Piquerez sofreu um trauma no ombro direito e já iniciou o tratamento, assim como o atacante Rony, que deixou o campo após sofrer um trauma no joelho esquerdo. O último treino no Brasil antes do jogo será hoje (5), às 7h -- a delegação embarca ainda no período da manhã para San Cristóbal.

Virada histórica

Para conquistar o 26º título estadual da história, o Palmeiras reverteu no Allianz Parque uma desvantagem de dois gols de diferença aberta pelo São Paulo no jogo de ida, no Morumbi. Danilo, Zé Rafael e Raphael Veiga (duas vezes) marcaram.

Foi a quinta conquista de Abel Ferreira no comando do Palmeiras em pouco menos de um ano e meio de trabalho, isolando-o como quarto técnico mais vitorioso do clube. Além do Paulista, ele conduziu a equipe a um título de Copa do Brasil (2020) e duas Libertadores (2020 e 2021). De quebra, o Verdão impediu que o São Paulo o igualasse no número de conquistas estaduais.

A conquista só foi possível, na visão de Abel, por causa dos torcedores. Foi para eles que o treinador dedicou o novo troféu. “Os torcedores foram ao nosso treino e puxaram que somos o time da virada, o time do amor, porque isso se sente dentro deste clube. Existe o amor de mulher, o amor de filho, amor de irmão e o de companheiro de trabalho”, disse, em referência à música “o Palmeiras é o time da virada, o Palmeiras é o time do amor” que virou símbolo da conquista.

Confira o pôster do campeão paulista 

Calleri pede desculpas por quebrar celular

O atacante Jonathan Calleri, do São Paulo, pediu desculpas ontem (4) por quebrar o celular de Felipe Goto, atleta das categorias de base e torcedor do Palmeiras, na saída do Allianz Parque, após a goleada por 4 a 0. “Gostaria de enviar o meu sincero pedido de desculpas ao garoto. Foi um momento em que estava de cabeça quente e que não deveria ter acontecido. Me coloco à disposição para reparar o dano causado ao aparelho celular”, escreveu em seu perfil no Instagram.

O caso ocorreu no estacionamento. Em vídeo, Calleri aparece dando um tapa na mão do garoto, que gravava a saída dos jogadores são-paulinos pelo estacionamento do Allianz Parque. O celular do jovem veio imediatamente ao chão e foi resgatado por Marquinhos, atleta do São Paulo. Felipe Goto não dirige a palavra em nenhum momento aos jogadores do Tricolor, que passavam ao seu lado. Antes, o palmeirense aparece encostado em uma pilastra, ao lado de outros torcedores alviverdes. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)