‘Braço antinatural’
FPF divulga áudio do VAR em pênalti polêmico contra o Palmeiras
A arbitragem foi o grande assunto de ontem (31), um dia depois da vitória do São Paulo sobre o Palmeiras, por 3 a 1, no primeiro jogo da final do Paulistão. Conforme o áudio do VAR do polêmico pênalti assinalado contra o Verdão, a equipe de vídeo apontou ao árbitro Douglas Marques das Flores “braço antinatural” de Marcos Rocha dentro da área. Calleri converteu e mudou a história do jogo, no fim de um primeiro tempo até então equilibrado. No segundo tempo, Pablo Maia e novamente Calleri ampliaram, enquanto Raphael Veiga descontou para o Palmeiras.
A gravação foi divulgada ontem pela Federação Paulista de Futebol (FPF). O árbitro inicialmente mandou o jogo seguir, mas recebeu da equipe do VAR a recomendação para a “revisão de um possível pênalti”. “A bola toca no braço. O jogador (Marcos Rocha) está com braço antinatural, ampliando seu espaço”, opinou a equipe de vídeo. A caminho da cabine onde fica o monitor de vídeo, Douglas faz suas considerações. “No campo, eu tinha visto pegar nesse braço direito. Pega no braço esquerdo, e a bola ia passar, aumentando seu espaço corporal.” “Não é um chute na meta, é um cruzamento, então é tiro penal sem cartão”, complementa, antes de apontar o pênalti.
A marcação deixou o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, na bronca. “Uma coisa é não ter VAR e outra ter VAR. Uma coisa é o sr. Douglas ir muito bem, bem posicionado, viu que o Rocha estava com as mãos junto ao corpo, mas alguém quis ser protagonista. Os do São Paulo acham que é, os do Palmeiras acham que não. A regra diz que precisa ser escandalosa, clara, como foi o pênalti do Gomez. E aí o VAR estava a comer pipoca, não viu e foi comer pipoca. Sequer chamou o árbitro. Faça o que fizer, este Paulista já está inquinado (manchado)”, disparou, reclamando também de um pênalti não marcado sobre Gustavo Gómez -- puxado por um são-paulino dentro da área no segundo tempo.
As equipes voltam a jogar no domingo (3), às 16h, no Allianz Parque. O São Paulo poderá perder por um gol de diferença, e o Palmeiras terá de ganhar por dois para, pelo menos, forçar a decisão por pênaltis.
Repreensão
A ex-bandeirinha e atual presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol (FPF) Ana Paula Oliveira foi repreendida ontem pela entidade. Antes da bola rolar no Morumbi, ela publicou, em seu perfil no Instagram, vídeos da festa da torcida do São Paulo. Depois do jogo, ela postou foto com a equipe de arbitragem da partida, acompanhada da legenda “orgulho”, o que deixou o Palmeiras revoltado.
A FPF afirmou, em nota, que as publicações de Ana Paula em suas redes sociais foram “inadequadas”, mas sua intenção teria sido “valorizar a final da competição.” (Da Redação)