Despedida
Tite diz que deixará seleção brasileira após Copa do Catar
No cargo desde 2016, ele fez a equipe avançar, mas também teve o seu trabalho questionado, devido a derrotas vividas pelos brasileiros sob o seu comando

O técnico Tite disse, nesta sexta-feira (25), que encerrará seu "ciclo" à frente da seleção brasileira assim que terminar sua participação na Copa do Mundo do Catar 2022, para a qual o Brasil já está classificado.
"Vou [estar no comando] até o fim do Mundial. Não tenho por que mentir aqui", disse o treinador, de 60 anos, em entrevista ao programa Redação, do canal SporTV.
À frente da Seleção desde junho de 2016, Tite tentará encerrar seu passagem conquistando o sexto título mundial no torneio, que será disputado entre novembro e dezembro. "Eu estou muito focado no meu trabalho, sei dos ciclos, sou talvez um cara que teve a oportunidade, como tantos outros profissionais de alto nível que teriam a capacidade, de dirigir a seleção brasileira", acrescentou.
Tite assumiu o comando de uma seleção que tropeçava, sob o comando de Dunga, nas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia. Contra todas as expectativas, foi eliminado na primeira fase da Copa América Centenário disputada nos Estados Unidos, em 2016.
Impulsionado por seus triunfos com o Corinthians, com quem conquistou os campeonatos brasileiros em 2011 e 2015 e a Libertadores e o Mundial de Clubes em 2012, o técnico acertou o rumo do Brasil ao classificá-lo como líder das eliminatórias sul-americanas para o Mundial da Rússia. Nessa Copa do Mundo, foi eliminado nas quartas de final pela Bélgica, com uma equipe que incluía Neymar, mas reagiu ao conquistar a Copa América realizada no Brasil um ano depois.
Apesar de a seleção ter avançado a passos largos rumo à Copa do Catar, liderando de maneira invicta (doze vitórias e três empates), o futebol apresentado é criticado pela falta de brilhantismo, mesmo obtendo resultados recordes. Seu trabalho também foi questionado por ter perdido a final da Copa América 2021 contra seu arquirrival, a Argentina de Lionel Messi, no Maracanã. (AFP)