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Fórmula 1

FIA anuncia saída do diretor de provas

18 de Fevereiro de 2022 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Masi gerou polêmica na decisão do título de 2021.
Masi gerou polêmica na decisão do título de 2021. (Crédito: DIVULGAÇÃO / F1)

A Federação Internacional do Automobilismo (FIA) anunciou ontem (17) que Michael Masi não é mais diretor de provas da entidade. O australiano, que ocupava o cargo de gestão na Fórmula 1 desde 2019, após a morte do diretor Charlie Whiting, protagonizou decisões polêmicas ao longo da temporada de 2021, incluindo o não-cumprimento dos regulamentos esportivos na decisão do campeonato, no GP de Abu Dabi.

Em comunicado oficial, o novo presidente da entidade, Mohammed Ben Sulayem, confirmou que teve amplo apoio do CEO da Fórmula 1, o italiano Stefano Domenicali, e as equipes. Agora, Niels Wittich e Eduardo Freitas vão se alternar no posto, com assistência de Herbie Blash. Já o australiano terá um novo cargo interno.

“Sem os comissários, não há esporte. Respeito e apoio aos árbitros é a essência da FIA, por isso essas mudanças estruturais são cruciais. Agradeço de coração a todos aqueles que contribuíram para esta reforma, que nos permitirão iniciar 2022 nas melhores condições e nosso esporte será ainda mais amado e respeitado”, declarou Ben Sulayem.

Masi gerou polêmica por conta das decisões no GP de Abu Dabi de 2021, que deu o título da Fórmula 1 para o holandês Max Verstappen. Na ocasião, o piloto da Red Bull era segundo colocado, atrás do inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, mas a situação mudou após o acidente do canadense Nicholas Latifi, da Williams, com cinco voltas para o final da prova. Antes da relargada, no último giro da corrida, o diretor optou por remover apenas os retardatários que estavam entre os candidatos ao título em vez de liberar todos ou nenhum, como diz o regulamento.

Com o duelo direto criado para a última volta, Verstappen ultrapassou Hamilton e conquistou o primeiro título mundial na Fórmula 1. A Mercedes chegou a entrar com um protesto por conta da decisão, que acabou negado. Na última segunda-feira, as 10 equipes se reuniram com o presidente da FIA para debater o tema. Apesar do silêncio após o encontro, a entidade citou que medidas seriam tomadas nos dias seguintes. 

Regras e pontuação vão sofrer alterações

A Fórmula 1 deverá anunciar, ao longo dos próximos dias, novas alterações a partir das sugestões dadas pelas escuderias em reunião ocorrida no início da semana. Como o novo critério de pontuação em caso de haver qualquer situação que impeça a conclusão de uma corrida -- como chuvas fortes, caso do GP da Bélgica de 2021.

Para valer pontos, a corrida precisará ter, no mínimo, duas voltas livres sem as presenças de safety car ou safety car virtual. Se encerrada com menos de 25% das voltas concluídas, apenas os cinco primeiros colocados receberão pontos. Entre 25% e 50%, pontuam os nove mais bem posicionados. Entre 50% e 75%, os dez melhores levam pontos. Se a prova tiver mais de 75% das voltas concluídas, a pontuação segue normal.

A temporada 2022 terá, novamente, três sprint races -- corridas curtas aos sábados que definem o grid de largada para a prova completa no domingo. O GP de São Paulo seguirá com o experimento, agora na companhia de Ímola (Itália) e Spielberg (Áustria). Os oito primeiros passam a pontuar, com o vencedor somando oito pontos, o segundo colocado ficando com sete e assim sucessivamente. Mas a sprint race deixa de apontar o pole position do domingo -- que passa a ser o piloto mais rápido no treino de sexta-feira. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)