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Fórmula 1

São Paulo espera 170 mil pessoas em Interlagos para GP de Fórmula 1

04 de Novembro de 2021 às 00:01
Cruzeiro do Sul [email protected]
Prefeito Ricardo Nunes e o CEO da prova, Alan Adler, receberam a imprensa no autódromo ontem.
Prefeito Ricardo Nunes e o CEO da prova, Alan Adler, receberam a imprensa no autódromo ontem. (Crédito: RENATO S. CERQUEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO (3/11/2021))

Os responsáveis pelo GP de São Paulo de Fórmula 1, novo nome do GP do Brasil, prometeram uma corrida sustentável neste ano. O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o CEO do GP, Alan Adler, prometeram ações sustentáveis para reduzir o impacto ambiental gerado na pista. Em entrevista coletiva ontem (3), a 11 dias da prova, todos enalteceram a importância da corrida para a Capital, principalmente do ponto de vista econômico. A cidade renovou contrato com a Fórmula 1 para sediar a prova pelos próximos cinco anos.

“Vamos compensar as emissões de carbono, reduzir o consumo de plástico em 60%, teremos uma estação de compostagem e, por fim, daremos oportunidades para as cooperativas da região reciclar e destinar os resíduos”, ressaltou Adler. Formado em Economia, com MBA em Finanças, o empresário carioca é a nova cara por trás do GP de São Paulo. Ele tem experiência com eventos esportivos, bons contatos, mas é pouco conhecido no mundo dos motores. Ocupa a função executada por Tamas Rohonyi ao longo dos últimos 30 anos.

A prefeitura repassou R$ 20 milhões para a promotora realizar o evento neste ano, mais outros R$ 10 milhões empenhados para reparos e ajustes no circuito. Houve uma degradação natural do autódromo pois ele ficou fechado em 2020, ano em que a prova não ocorreu devido à pandemia de Covid-19. Antes da entrevista, Nunes, Adler e outras autoridades deram uma volta de carro e pararam em alguns pontos do circuito, que receberá uma corrida de Fórmula 1 pela 39ª vez.

“Estou muito animado com o desafio. A cidade tem uma vocação muito grande para grandes eventos internacionais. Não poderíamos deixar de ter a continuidade da realização da Fórmula 1 aqui”, disse o prefeito. “E agora enfatizando a marca de São Paulo. Vamos receber muito bem as pessoas e gerar oito mil empregos. Torcemos para que os 20 mil restaurantes e 30 mil bares tenham bastante consumo. E que nossos shoppings estejam lotados, desde que (público) vacinado e usando máscara”, completou.

De acordo com Orlando Faria, secretário municipal de Habitação, a Fórmula 1 vai gerar cerca de R$ 700 milhões entre serviços e comércio, e R$ 1,6 bilhão em imagem ao ano. Haverá espaço para publicidade da prefeitura na pista e arquibancada. Conforme Nunes, cada R$ 1 investido pelo governo renderá R$ 5,2.

O protocolo sanitário para quem for assistir à prova inclui a apresentação do comprovante vacinal com ao menos uma dose para os maiores de 12 anos. Quem não tiver sido imunizado poderá ver a corrida, mas desde que apresente teste PCR negativo. O uso de máscara será obrigatório.

Os ingressos foram esgotados, mas os organizadores abrirão um novo lote menor, com mil ingressos, nos próximos dias. A expectativa é de que 170 mil pessoas lotem o autódromo ao longo dos três dias do evento -- 20 mil a mais em relação às 150 mil pessoas que foram assistir aos treinos e à corrida em 2019.

Calendário

O GP de São Paulo foi postergado em uma semana, para os dias 12, 13 e 14, por causa do feriado do dia 15, segunda-feira. Transmitido para 180 países, o GP será a 19ª prova desta temporada e última etapa do calendário da Fórmula 1 a contar com a chamada “sprint race”, novo formato do treino classificatório já testado no GP da Inglaterra e na Itália. A sprint race é uma mini-corrida disputada no sábado, com um terço da duração da prova de domingo e que vale pontos para o campeonato.

Restam cinco etapas para o fim da temporada. Antes do GP de São Paulo, os pilotos correm no México neste domingo. Depois, haverá provas no Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Após 17 corridas, Max Verstappen lidera o Mundial com 287,5 pontos, apenas 12 à frente de Lewis Hamilton, atual campeão.

GP usará tecnologia para passaporte de vacinação

O GP de São Paulo de Fórmula 1 recorreu à tecnologia para auxiliar nas medidas adotadas no protocolo sanitário. Público e profissionais que comparecerem à corrida em Interlagos nos dias 12, 13 e 14 deste mês terão que apresentar um passaporte virtual com o certificado de vacina contra a Covid-19. O cadastro obrigatório terá de ser feito até o dia 10 de novembro, por meio da plataforma Chronus i-Passport. A tecnologia foi desenvolvida pela startup franco-brasileira Mooh!Tech, como o passaporte oficial do evento.

Para entrar no autódromo, os profissionais (staff e patrocinadores) e público (torcedores e convidados) terão de apresentar o Chronus com certificado de vacina contra a Covid-19 e testes negativos. O link do pré-cadastro será disponibilizado em breve nos canais oficiais e parceiros do evento.

“A segurança do público é tão importante quanto a realização da corrida. Com a tecnologia Chronus I-Passport, as pessoas poderão usufruir do evento com a tranquilidade de que estarão protegidas, mas lembrando que, ainda assim, deverão respeitar as normas de segurança”, disse Alan Adler, CEO do GP São Paulo de F1

O sistema é um passe digital, em complemento ao protocolo de saúde adotado pelo evento, com o intuito de conter a propagação do covid-19. Segundo os responsáveis pela tecnologia, a certificação garante consistência e segurança para todos os envolvidos, já que a plataforma Chronus consegue antecipar a aferição dos dados com o cruzamento das informações, corrigindo-as quando possível ou sinalizando rapidamente às autoridades para que tais inconsistências possam ser retificadas na fonte.

Para validar o i-Passport em alguns estados há a opção de pré-cadastro no site www.ipassport.com, pois algumas localidades não possuem ainda API de integração e registram as informações de forma manual. Após esse pré-cadastro, o usuário deve aguardar no máximo 48 horas para que as informações sejam consolidadas pela tecnologia Chronus e assim baixar o app Chronus no smartphone IOS ou Android. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)