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Aberto da Austrália propõe quarentena rígida para tenistas não vacinados jogarem

Na noite de domingo, um e-mail da WTA para as jogadoras acabou vazando para o jornal americano New York Times

25 de Outubro de 2021 às 09:07
Estadão Conteúdo [email protected]
Na imagem, mulher limpa as áreas dos assentos, em aquecimento no Melbourne Park, em um dos preparativos para o Aberto da Austrália  (Fevereiro/2021)
Na imagem, mulher limpa as áreas dos assentos, em aquecimento no Melbourne Park, em um dos preparativos para o Aberto da Austrália (Fevereiro/2021) (Crédito: AFP / David Gray)

O impasse a respeito da exigência do comprovante de vacinação para os tenistas participantes do Aberto da Austrália, o primeiro Grand Slam da temporada, ganhou um novo capítulo. Na noite de domingo, um e-mail da WTA para as jogadoras acabou vazando para o jornal americano New York Times, que diz que as atletas que não estiverem vacinadas poderão chegar ao país e jogar o torneio, em janeiro de 2022, mas estarão sujeitas a uma rígida quarentena.

Apesar da postura dos governos da Austrália e do estado de Victoria, onde está Melbourne, de abrir as portas para tenistas não vacinados comparecerem ao Grand Slam, muitos jogadores já indicaram que não participariam se fossem forçados a passar por uma preparação semelhante à que aconteceu no evento deste ano. Os jogadores não vacinados também estariam em grande desvantagem em termos de preparação se comparados com seus rivais vacinados, que não enfrentarão restrições.

A organização do torneio também prevê que os jogos do qualifying voltem a ser disputados no Melbourne Park em 2022. Este ano, essas partidas da fase prévia aconteceram no exterior, transferidas para Doha (Catar) e Dubai (Emirados Árabes Unidos). Os tenistas que passaram pelas três rodadas do quali no Oriente Médio, ainda nas primeiras semanas de janeiro, viajavam então para a Austrália e cumpriam os 14 dias de quarentena antes de atuarem pelo primeiro Grand Slam da temporada.

"Sentimos a necessidade de entrar em contato com todas vocês para esclarecer informações falsas e enganosas que foram recentemente divulgadas por outras partes sobre as condições que as jogadoras serão forçadas a suportar no Australian Open do próximo ano", disse o comunicado da WTA. "Como a taxa de vacinação no estado de Victoria atingirá 80% no final da semana e 90% no próximo mês, foi confirmado que as condições para os jogadores vão melhorar significativamente".

As condições oferecidas para as tenistas vacinadas são: podem chegar à Austrália a qualquer momento a partir de 1.º de dezembro; precisam apresentar exame negativo 72 horas antes de embarcar; não precisarão de quarentena ou ficar na bolha; e terão completa liberdade de movimento, sem restrições.

Já para tenistas não vacinados, as condições são: podem chegar à Austrália a partir de 1.º de dezembro, mas ficam sujeitas a duas semanas de quarentena rígida; precisam apresentar exame negativo 72 horas antes de embarcar; terão um hotel obrigatório para ficar durante os 14 dias de quarentena após a chegada ao país; e estarão sujeitas a exames regulares.

Em resposta aos acontecimentos, um porta-voz do governo central da Austrália emitiu um comunicado oficial. "Como disse o primeiro ministro, a partir de 1.º de novembro de 2021, começaremos a receber de volta com segurança australianos totalmente vacinados, residentes permanentes e suas famílias, sem quarentena em Nova Gales do Sul. Os participantes do Aberto da Austrália podem estar sujeitos a nenhuma quarentena ou a medidas de quarentena reduzidas, dependendo de seu status de vacinação, de acordo com os requisitos do estado e território".