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Fórmula 1

Tri de Ayrton Senna completa 30 anos

21 de Outubro de 2021 às 00:01
Da Redação com Estadão Conteúdo [email protected]
Temporada teve vitória épica no GP do Brasil.
Temporada teve vitória épica no GP do Brasil. (Crédito: JULIO PEREIRA / ARQUIVO AFP)

Segunda metade dos anos 1980. Em meio à inflação galopante da época e um cenário político em que casos de corrupção vinham à tona com frequência no Brasil, as manhãs de domingo surgiam como um refúgio para o sofrido povo brasileiro. Como em um ritual, as famílias se reuniam geralmente na sala de casa para acompanhar na televisão, um jovem piloto, de nome Ayrton Senna, desafiar e também desbancar nomes como Alain Prost, Nigel Mansell e o próprio compatriota Nelson Piquet na Fórmula 1.

Da sua estreia na Toleman, em 1984, ao tricampeonato mundial conquistado em 1991, pela McLaren, Ayrton Senna foi mais do que um vitorioso nas pistas. Ganhou o status de ídolo nacional. Ontem, o dia 20 de outubro marcou os 30 anos do seu terceiro título. Os dois primeiros vieram em uma árdua disputa com o francês Alain Prost em 88 e 90. No ano seguinte, a conquista teve como principal rival o inglês Nigel Mansell. “A Williams era muito melhor e o Mansell tinha muito mais carro. Mesmo assim, ele conseguiu fazer a diferença na pista e vibrou demais”, lembrou Charles Marzanasco, 67 anos, assessor de imprensa de Ayrton Senna por quase dez anos.

Naquele ano, Senna conseguiu a primeira vitória no GP do Brasil. Fez a pole, conseguiu uma boa largada e ditava o ritmo da corrida quando o câmbio quebrou e ele chegou ao final só com a sexta marcha. “Choveu no final da prova e isso o beneficiou, pois o Patrese (que vinha em segundo lugar) diminuiu o ritmo. O Senna era como um relógio. Errava muito pouco e sempre andava rápido”.

O título viria em Suzuka, na penúltima corrida da temporada. À frente de Mansell na classificação, Senna viu o rival parar na caixa de brita ainda no início da disputa. Com o título assegurado, e quando tudo indicava mais uma vitória, veio o inusitado. Uma ordem de Ron Dennis, então chefe da equipe, ordenou que Senna tirasse o pé para que Gehrard Berger, seu companheiro, vencesse. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)