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Após Mundial, Rodrigo 'Capita' olha para o futuro nas quadras

09 de Outubro de 2021 às 00:01
Marina Bufon [email protected]
Fixo e capitão do Magnus vive o auge aos 37 anos.
Fixo e capitão do Magnus vive o auge aos 37 anos. (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO (7/10/2021))

Ainda em recuperação do retorno da Lituânia, onde marcou seu centésimo gol pela seleção brasileira de Futsal, o fixo Rodrigo Hardy Araújo, mais conhecido como Rodrigo “Capita”, quer mais na carreira. Atual medalha de bronze na Copa do Mundo, disputada no último mês, o também capitão do Magnus, de Sorocaba, só consegue pensar em uma coisa: o Mundial de 2024.

“Foram 60 dias trancado no hotel, treinando. Cheguei aos 100 gols com a camisa do Brasil, e o Dr. Reinaldo (Martins, médico) falou que eu tinha condições de aguentar mais um Mundial. Fiquei com aquilo na cabeça. Quando acabou o jogo contra a Argentina, estava acabado e pensei ‘não é possível, minha última passagem por aqui vai ser assim?’. Aí fui ao quarto dele e perguntei: ‘vamos juntos nessa?’. Não falei para ninguém. Vou tentar mais um Mundial, mas quero estar pelo que estiver jogando no meu clube, se eu estiver rendendo. Não quero estar pelo meu nome, pela minha história. Se eu não estiver rendendo, não vou estar lá. Vou batalhar por isso”, contou. Se depender dele, este clube será o Magnus -- o contrato acaba em dezembro deste ano.

Além de ter alcançado metas pessoais, o fixo também comemorou outras conquistas, como a inserção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) no comando da seleção de futsal e o resgate do torcedor. “Foi um Mundial atípico, porque, além da taça, que a gente sonhava, tem a Covid, tinha que se cuidar de todo o jeito, porque, se o atleta pegasse, ele estava fora. Depois tem o doping, por mais que você faça tudo correto... A cabeça tinha que estar muito boa. Acho que eu cheguei com 37 anos bem, sabendo como é o Mundial, a gente fica muito feliz de ser convocado. A gente teve uma estrutura diferente agora com a CBF, uma estrutura gigantesca, só temos que agradecer. Foi uma Copa que a gente tentou resgatar um pouco do carinho e da paixão do brasileiro pelo futsal. Foi totalmente diferente, porque tivemos sete jogos em TV aberta, batemos todas as audiências possíveis nos horários. A gente mostrou que o futsal é gigante, acho que o povo tem um carinho maior agora”.

“A gente tinha essa batalha de resgatar essa paixão, até porque em 2016 caímos nas oitavas de final e foi muito triste, e a gente sabia que na semifinal ia ser diferente, que todas as seleções que tivessem chegado ali, estavam preparadas para serem campeãs. Infelizmente, a gente fez um grande jogo contra a Argentina, mas a bola não entrou e ficamos fora, mas conquistamos uma medalha e mostramos o valor dela. A gente é medalhista mundial. O Brasil encontrou o seu caminho e tenho certeza que, em 2024, vai vir com tudo”, complementou.

O “Capita”, apesar de ter o sonho de disputar mais uma Copa, pensa no seu futuro. Além de um empreendimento em Sorocaba, ele está fazendo uma faculdade de Educação Física à distância, mas não deseja ser treinador. “Eu não ia aguentar algumas coisas, ia ‘tacar’ tênis e prancheta em atleta”, disse aos risos. “Mas pretendo estar no meio do esporte, sim”.

Rodrigo também falou sobre suas características, como seu forte chute de bico; mais projetos para o futuro, situações e início da carreira; CBF; sua identificação com Sorocaba e outros assuntos que podem ser vistos hoje (9), no IGTV do Instagram do jornal Cruzeiro do Sul (@jornalcruzeiro). (Marina Bufon)