A seleção brasileira de futsal embarcou ontem (9) com destino à Lituânia para o início do Mundial de Futsal. Maior vencedor da competição, com cinco títulos (1989, 1992, 1996, 2008 e 2012), o Brasil vai disputar o torneio pela primeira vez sob a direção da CBF. Quatro jogadores do Magnus Futsal integram a delegação: Djony, Rodrigo, Leozinho e Leandro Lino.

A caminhada pelo hexa começa na segunda-feira (13) diante do Vietnã. No Grupo D do Mundial, o Brasil ainda terá pela frente na primeira fase a República Checa, no dia 16, e o Panamá, no dia 19.

Na última quarta-feira (8), o Brasil encerrou a sequência de amistosos preparatórios para o Mundial, que será na Lituânia, na quarta-feira, com um empate diante da Sérvia. Antes do confronto, as seleção vinha de três vitórias. Apesar de não conseguir manter os 100% de aproveitamento, o técnico Marquinhos Xavier fez uma avaliação positiva da postura do time.

“A análise da partida não pode ficar restrita aos minutos finais, uma vez que o Brasil teve boas oportunidades. Quando a gente está jogando com qualquer adversário, o tempo vai ser sempre nosso inimigo, a gente vai ter oportunidades de poder concretizar uma vitória, talvez antes de encerrar o jogo e eu acho que o primeiro tempo mostrou isso. Tivemos um volume grande de ações, oportunidades, mas aí a gente fica atrasando o resultado. E quando nós atrasamos o resultado, corremos o risco de acontecer o que aconteceu”, disse o treinador, que também comentou sobre o componente emocional.

“Pressão por ter que vencer. Mesmo sendo amistoso nós fomos educados para sermos competitivos e vencer. E a gente acabou errando um pouco mais que o natural por causa dessa pressão e são esses momentos que vão ajudando a gente a entender que precisamos ser mais cirúrgicos. O resultado não acompanhou a performance”, ponderou.

Além do empate, o Brasil venceu a Polônia, duas vezes, e o primeiro confronto contra a Sérvia. Com o pé no chão, o comandante fez um balanço do que viu dentro de quadra nesses quatro amistosos e projetou o início do Mundial. “Precisamos melhorar em algumas coisas ainda. Acho que todas as equipes que vão para o Mundial, vão chegar com essa sensação. A gente vê o resultado dos outros amistosos, todo mundo tendo jogos duríssimos e isso é natural. Mas eu estou feliz pelo que a gente fez aqui nesses quatro jogos. Se a gente tivesse tido só momentos de facilidade e tudo tivesse sido bom, talvez nós pudéssemos arrastar uma falsa impressão. Mas com essa impressão do que vivemos aqui a gente sabe que vai precisar melhorar, se concentrar e vai ser páreo duro para todo mundo”, encerrou Marquinhos Xavier. (Da Redação, com Estadão Conteúdo)