Paralimpíada de Tóquio
No adeus a Daniel Dias, Brasil chega ao 15º ouro em Tóquio
Carol Santiago subiu no lugar mais alto do pódio nos 100m peito (classe SB12) na natação, além de outras cinco medalhas nesta quarta
O oitavo dia de competições em Tóquio contou novamente com marcos históricos protagonizados pelos atletas do Brasil. Aos 33 anos, o nadador Daniel Dias, maior atleta paralímpico da história do país e um dos maiores do mundo, se despediu das piscinas na manhã desta quarta-feira (1) ao terminar a final dos 50m livre (classe S5) na quarta colocação, com o tempo de 32s12.
Assim, o paulista de Campinas encerra sua jornada no esporte com a impressionante marca de 27 medalhas em quatro edições de Jogos Paralímpicos (Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020), sendo 14 de ouro, sete de prata e oito de bronze.
No entanto, o Brasil não poderia terminar o dia sem medalhas: Maria Carolina Santiago também marcou o seu nome no esporte paralímpico brasileiro ao conquistar o ouro nos 100m peito (classe SB12). Essa foi a terceira vez em que a pernambucana subiu ao lugar mais alto do pódio em Tóquio - antes ela já havia faturado os 100m livre e os 50m livre. Aos 36 anos, ela ainda ganhou o bronze nos 100m costas e a prata no revezamento misto dos 4x100m livre - 49 pontos, ao lado de Wendell Belarmino (S11), Douglas Matera (S13) e Lucilene Sousa (S12).
MAIS DOIS PÓDIOS NA NATAÇÃO! ???????? Maria Carolina Santiago fez história DE NOVO e conquistou o terceiro #ouro em Tóquio, dessa vez no 100m peito S12. Ninguém para essa mulher! ???? Também tivemos a #prata da Cecília Araújo, que arrebentou na piscina nos 50m livre S8. pic.twitter.com/So1jsAiOLh
— Comitê Paralímpico Brasileiro -?????????????? (@cpboficial) September 1, 2021
Este foi o 15º ouro da missão brasileira em Tóquio, superando o número de medalhas douradas conquistadas nos Jogos Rio 2016 (14) e ficando a seis do recorde estabelecido em Londres 2012 (21).
Também na natação, a potiguar Cecília Jerônimo de Araújo também fez bonito e conquistou a medalha de prata nos 50m livre (classe S8), assim como o catarinense Talisson Glock, que levou o bronze nos 100m livre (classe S6).
O país também faturou dois bronzes na bocha, com Maciel Santos (classe BC2) e José Carlos Chagas de Oliveira (classe BC1), sendo esta última medalha inédita na história do Brasil em Jogos Paralímpicos. Por fim, bronze por equipes da classe 9-10 entre as mulheres do tênis de mesa.
Com estes pódios, o País soma agora 48 medalhas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, com 15 ouros, 12 pratas e 21 bronzes, com a sétima colocação no quadro de medalhas geral. A China lidera com 68 ouros e 147 medalhas, seguida por Comitê Paralímpico Russo e Grã-Bretanha.
Goalball - A seleção feminina venceu a favorita China e avançou às semifinais em Tóquio, após cobrança de penalidade no segundo tempo da prorrogação. O jogo contra os Estados Unidos será amanhã (2), às 7h30. Um pouco mais cedo, o goalball masculino reencontra a Lituânia, atual campeã paralímpica.
Vôlei sentado - A seleção feminina venceu a Itália por 3 sets a 1, garantindo a classificação para as semifinais como líder do Grupo A. A equipe está invicta na competição e agora encara os Estados Unidos, na próxima sexta-feira, às 6h30 (horário de Brasília). No masculino, o Brasil joga a semifinal contra os atletas do Comitê Paralímpico Russ amanhã, às 6h30.