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Tênis

US Open terá profissionais de saúde mental à disposição dos tenistas

Naomi Osaka destacou o assunto em Roland Garros; tema também entrou em evidência na Olimpíada

26 de Agosto de 2021 às 13:24
Estadão Conteúdo [email protected]
Naomi Osaka, atual número 2 no ranking da WTA, ganhou prêmio como atleta do ano
Em Roland Garros, Osaka foi punida por se recusar a falar com a imprensa, que ela assumiu ser para "preservar sua saúde mental" (Crédito: William WEST / AFP)

A Federação de Tênis dos Estados Unidos (USTA, na sigla em inglês), organizadora do US Open que terá início nesta segunda-feira, anunciou a criação de diversos serviços médicos com o objetivo de fornecer aos tenistas "o melhor suporte possível em termos de saúde mental" durante a disputa do torneio em Nova York. "O programa de serviços médicos do torneio incluirá provedores de serviços de saúde mental licenciados, disponíveis aos jogadores durante toda a sua duração. Além de outros serviços de apoio", disse o comunicado oficial.

O US Open trabalhará em estreita colaboração com a equipe médica e científica dos circuitos da ATP (masculino) e da WTA (feminino) para garantir que os jogadores estejam totalmente cientes dos serviços médicos disponíveis e como acessar essas ofertas de saúde, se necessário.

Essa "iniciativa pela saúde mental" dos jogadores profissionais é a resposta da USTA a uma preocupação crescente que, nos últimos meses, cresceu no tênis profissional. Saúde mental que gerou debates e manchetes desde que a japonesa Naomi Osaka destacou o assunto em Roland Garros, em maio passado. No Grand Slam francês, a tenista foi punida por se recusar a falar com a imprensa, recusa que ela assumiu para "preservar sua saúde mental".

Após Osaka revelar problemas de ansiedade, marcados por "vários episódios depressivos", os organizadores dos quatro torneios do Grand Slam - Aberto da Austrália, Roland Garros, Wimbledon e US Open - lhe garantiram que contaria com seus apoios, prometendo "atuar na questão da saúde mental e do bem-estar dos jogadores".

O US Open é, portanto, o primeiro Grand Slam a abordar este problema, que se manifestou entre outros jogadores como o francês Benoit Paire, "mentalmente exausto" pelo contexto da pandemia da covid-19, ou o austríaco Dominic Thiem, que "caiu em um buraco" após sua vitória no torneio do ano passado.

"Estamos ansiosos para ver como as iniciativas implementadas no US Open, e outras nos próximos meses, terão impacto no bem-estar dos jogadores", disse a diretora do torneio Stacey Allaster, prometendo continuar "procurando maneiras de melhorar a nós mesmos".