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Jair admite momento delicado, mas aposta em 'DNA vitorioso' do Corinthians

07 de Setembro de 2018 às 20:45

Jair Ventura deu início a sua trajetória no Corinthians. Crédito da foto: Arquivo/ Ivan Storti/ Santos FC

 

 

Jair Ventura deu início a sua trajetória no Corinthians. O treinador, que assinou contrato com o time alvinegro até dezembro de 2019, foi apresentado oficialmente nesta sexta-feira (7) no CT Joaquim Grava. Antes, ele comandou a sua primeira atividade com os jogadores, que vão enfrentar o Palmeiras neste domingo (9), no Allianz Parque. "É lógico que é um grande desafio. A maioria das trocas de treinadores acontecem em um momento delicado, mas sabemos que podemos reverter o cenário se olharmos o passado próximo e super vitorioso do Corinthians. Eu chego pensando nisso: quanto maior o desafio, mais gratificante", afirmou Jair.

"O clube tem um DNA vitorioso, conquista título atrás de título, e, se não conquistar, será cobrado. É assim que tem de ser. Não podemos só cumprir tabela. Temos chances claras na Copa do Brasil e podemos fazer um Campeonato Brasileiro na parte de cima", completou. Jovem para os padrões da profissão, o treinador, de 39 anos, acumula passagens pelo Botafogo, onde despontou em 2016, e pelo Santos, onde foi demitido após a Copa do Mundo. Uma das principais características de seu trabalho é a qualidade do sistema defensivo. O seu antecessor no Corinthians também era jovem. Osmar Loss, de 43 anos, ficou apenas três meses no cargo.

"Chego para ser o Jair do Corinthians. É um novo momento. Quando fiz o primeiro curso de técnico, aprendi que você não tem apenas um estilo. É lógico que o Corinthians já tem uma maneira de jogar, mas, quando me formei treinador, não foi para jogar de uma maneira só. É claro que o melhor trabalho fica como referência, mas isso não impede de trabalhar de outras maneiras", disse.

No Brasileiro, o Corinthians não vive boa fase. Depois da derrota para o Ceará, na quarta (5), a equipe permanece na oitava posição com 30 pontos -16 a menos do que os líderes Inter e São Paulo. Na próxima semana, a equipe começa o mata-mata da semifinal da Copa do Brasil, com o Flamengo.

Para o clássico, Jair deve contar com os retornos de Cássio, Pedro Henrique e Clayson, que desfalcaram o time na derrota para o Ceará. A tendência é de o Corinthians começar o jogo com: Cássio; Mantuan, Léo Santos, Henrique e Douglas (Danilo Avelar); Gabriel e Ralf, Romero, Jadson e Pedrinho (Clayson); Roger. "Sou um cara muito competitivo. Para mim, sempre o próximo desafio vai ser o maior. Não é porque é o Palmeiras ou a Copa do Brasil. Não posso me dar ao luxo de escolher o adversário. Se quer ser o melhor, tem de fazer o seu melhor sempre. Isso que eu faço. Encaro todo desafio como se fosse o último."

Confira os principais trechos da entrevista de Jair Ventura:

MUDANÇAS

"É muito difícil fazer qualquer mudança em um período tão curto. Não pode levar tanto informação ao time para não atrapalhar, não pode também fazer como se fosse terra arrasada. Gradativamente vamos implementando algumas coisas, mas se conseguimos dar continuidade nesse trabalho vitorioso do Corinthians vai ser muito importante."

CLÁSSICO

"É jogo grande, em que o treinador trabalha motivacional muito pouco, porque todos sabem do estado de alerta grande. Sabemos da responsabilidade do jogo. É a vida do treinador. Imagina chegar e disputar um clássico contra um grande treinador, um grande adversário, que nós conhecemos bastante. Seria muito fácil eu me ausentar e esperar a maré passar, mas eu gosto de encarar grandes desafios."

TORCIDA

"O tanto que sofri espero que os outros sofram na hora de jogar na Arena Corinthians."

LOSS

"Vai ser a melhor [relação] possível. Como auxiliar, fiquei nove anos esperando o meu momento no Botafogo, e todos os treinadores foram meus amigos. Diversos me mandaram mensagem hoje para dar desejar boa sorte. Espero que a relação seja assim com o Osmar, que possa ser uma boa relação e vitoriosa."

SISTEMA DEFENSIVO

"O treinador da seleção brasileira chegou lá fazendo um trabalho defensivo. Então, não posso me incomodar com isso [ser chamado de especialista em defesa]. Você chega em clube que tem jogadores mais ofensivos, você tem de mudar. Mas é motivo de orgulho armar uma boa defesa, para sair com a vitória." (José Eduardo Martins/ Folhapress)

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