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Ausência de torcida no CIC representa prejuízos para o São Bento

13 de Janeiro de 2021 às 02:08

Em 13 de agosto, no jogo contra o Brusque pelo Brasileiro Série C, o Azulão teve quase R$ 15 mil de despesas. Crédito da foto: Fábio Rogério (13/8/2020)

Em função da pandemia do novo coronavírus que assola o mundo desde o início do ano passado, não é permitida a presença de público nos estádios de futebol pelo Brasil. No País, mais de 200 mil pessoas já perderam a vida para a Covid-19. O retorno do torcedor à arquibancada ainda está distante e os impactos são diversos para os atores envolvidos na indústria da bola.

A última vez que a torcida beneditina pode acompanhar o São Bento no Estádio Walter Ribeiro (CIC) foi no dia 8 de março de 2020. Para acompanhar a vitória beneditina contra o Votuporanguense, por 3 a 2, estiverem presentes 2.640 pessoas, o que gerou uma renda líquida para o clube de R$ 11.373,00.

Após esse confronto, o Bentão voltou a jogar em Sorocaba no dia 13 de agosto. Foi derrotado pelo Brusque (SC), por 1 a 0, na segunda rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. Os portões estavam fechados, mas as desepesas para um jogo de futebol são altas e o prejuízo para o time sorocabano foi de R$ 14.659,08.

“(A falta do torcedor) É muito grande. No início quando nós voltamos, era uma coisa muito estranha. Eu já tinha jogado com portões fechados, mas por punição. É diferente, você sabe que a torcida vai voltar. É muito estranho”, comentou o volante do São Bento, Fábio Bahia.

Com problemas financeiros, o São Bento teve que concentrar as suas forças para retornar à elite do futebol paulista, onde o dinheiro da cota de televisão é alto. O clube terá cerca de R$ 5 milhões provenientes dos direitos de transmissão das partidas. Um alívio para o caixa, mas que poderia ser ainda maior se não fosse a pandemia. Em 2014, quando o clube conquistou o acesso da Série A2 do Campeonato Paulista para a Série A1, a arrecadação dos últimos quatro jogos como mandante foi de R$ 140.770,25.

Em meio à difícil situação financeira do time e também da carência dos jogadores em relação ao apoio do torcedor, o capitão beneditino coloca as esperanças na chegada da vacina para que o futebol tenha novamente a torcida na arquibancada. “A gente torce e ora à Deus para que essa vacina chegue logo. Não só pelo torcedor estar em campo, mas a população do mundo inteiro poder voltar ao normal. Não só no futebol, mas tudo tem sido muito difícil”, pontua Fábio Bahia.

Nos tempos normais, o retorno ao Paulistão renderia uma ótima renda de bilheteria para o Bentão nas partidas em casa -- principalmente contra o Palmeiras, que visitará a cidade. Porém, o planejamento orçamentário do clube é de jogos com portões fechados. “A previsão é ser sem público dentro dos estádios. Primeiramente, é isso aí. Então, a gente não conta com o público. Vamos contar (os jogos) como despesa”, confirmou o presidente beneditino Almir Laurindo à rádio Cruzeiro FM 92,3 no dia 9 de dezembro de 2020. (Zeca Cardoso)