Atletas olímpicos do Brasil farão curso contra racismo
Símbolo olímpico em frente a um museu dos Jogos, em Tóquio. Crédito da foto: Philip Fong / AFP (15/7/2020)
A delegação do Brasil que participará da Olimpíada de Tóquio, entre julho e agosto deste ano, deverá fazer um curso contra o racismo, conforme anunciou o Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
O órgão lançou nesta semana um treinamento online de 30 horas que todos os 650 atletas, técnicos, médicos, nutricionistas e dirigentes, se quiserem participar dos Jogos, devem realizar.
“É um curso que tem por objetivo trazer informação, conhecimento e levantar uma bandeira que vai abrir um grande debate sobre o racismo no esporte. O racismo acontece de forma estrutural (...) mas nós entendemos que o esporte não pode mais tolerar essas atitudes", disse Rogério Sampaio, diretor-geral do COB, à AFP.
O material em questão vai explicar como ocorre o racismo no esporte, como denunciá-lo e trará também uma revisão histórica do problema no Brasil. "Sabemos que não basta, mas é importante", complementou Sampaio.
No Brasil, o crime racial pode ser punido com pena de prisão de um a três anos ou multa. O COB pode impor multas ou sancionar temporária ou definitivamente os atletas que violarem seu código de ética, incluindo atitudes racistas. (Da Redação, com informações da AFP)