Átila Abreu só aguarda o sinal
Mesmo afastado das pistas por conta da quarentena, corredor diz que mantém rotina de exercícios e está preparado para a competição. Crédito da foto: José Mário Dias
No próximo domingo, a Stock Car estaria disputando a terceira etapa da temporada de 2020 se o mundo não estivesse passando por uma pandemia. Ao todo, já foram canceladas quatro corridas: Goiânia, Velo Park, Londrina e Interlagos. Em meio às incertezas, o piloto sorocabano Átila Abreu conversou com a reportagem do jornal Cruzeiro do Sul, ontem a tarde, em uma live no Instagram.
“A gente não tem uma data certa de quando volta, nem de como vai ser o formato. O início era com doze etapas, já se falar em oito, mas não se sabe quando começa. Alguns campeonatos que marcaram para começar no início de junho já estão adiando novamente. Então (existe) todo um clima de incerteza”, explicou o corredor.
Com a política do distanciamento social implementada contra o novo coronavírus, Átila tem mantido a forma física pedalando e na academia da sua casa. Nas últimas duas semanas, com alguns kartódromos particulares abertos para os pilotos treinarem, o sorocabano conseguiu correr de kart com todas as medidas de seguranças possíveis.
“Tenho mantido a parte física com bicicleta e na academia em casa. Tem alguns kartódromos abertos, os particulares. Consegui fazer alguns treinos de kart nas últimas duas semanas. Obviamente com máscara. Tem vários pilotos treinando, até em autódromo. Você vai para Curitiba e lá está em uma situação diferente da nossa. Cada Estado está com uma filosofia”, revelou.
O corredor acredita que as provas devem voltar no mês de julho, e terá início em um autódromo que esteja localizado em um Estado com a epidemia sob controle. As primeiras etapas também não devem contar com público nas arquibancadas.
Adaptação rápida
Mesmo afastados das pistas desde o final da temporada passada, os pilotos não precisarão de muito tempo para se readaptar aos carros. “Na Stock Car a gente não pode treinar, é um regulamento mais restrito, até por contenção de custos. Mas se tivermos o treino de pré-temporada que estão planejando para a equalização dos carros, do meu ponto de vista, já é o suficiente para nos adaptarmos e relembrar como se anda de carro”, brincou.
A equalização dos carros será necessária por conta da entrada de uma nova montadora na categoria para a temporada de 2020. Agora, além da Chevrolet, as equipes poderão utilizar o motor fabricado pela Toyota. Por conta disso, adaptações nos carros serão necessárias para se adequarem à nova medida.
“Esse ano o regulamento muda um pouco, principalmente os carros, com a entrada da Toyota. Então, precisa ser feito um teste de equalização dos carros, que deve acontecer antes da primeira etapa. A gente deve ter alguma experiência no treino antes da primeira etapa, para ter uma equitação dos carros e ter competitividade na categoria”, explicou.
A categoria é marcada pela alta competitividade. No último ano, das 21 corridas realizadas, dez pilotos diferentes subiram ao pódio. Com a adesão de mais uma montadora, o objetivo é elevar ainda mais o nível da competição. Nos primeiros testes realizados, já se pode notar diferenças entre os carros.
Diferença e competitividade
“Quando você abre o regulamento para outra montadora, você acaba tendo diferenças. Apesar de ser o mesmo chassi para todos, para você adaptar os dois carros, precisou mudar o monobloco e principalmente a aerodinâmica. Nos primeiros testes, o Toyota é mais rápido em reta que o Chevrolet, que é mais estável em curva”, contou.
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Para conferir a integra da entrevista com Átila Abreu, o leitor pode acessar o perfil do jornal Cruzeiro do Sul no Instragram (@jornalcruzeiro) e clicar no link do IGTV. Todas as entrevistas realizadas pela equipe do Cruzeiro estão disponíveis e podem ser assistidas na íntegra. (Zeca Cardoso)