Combater impacto psicológico é prioridade, diz Baron. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (26/7/2019)

No momento em que Sorocaba e o Estado de São Paulo começam a vislumbrar a reabertura de alguns setores da economia, o esporte ainda navega em incertezas. Ainda não é debatido quando os eventos esportivos serão retomados.

As atividades coletivas não são vistas no horizonte próximo. Por isso, o esporte passa por um período praticamente inédito de paralisação. Situação que gera um impacto psicológico nos atletas, como pontua o ala do Magnus Futsal, Danilo Baron.

“Mexe muito com a parte psicológica, (assim) tentamos nos manter focados, treinando em casa. A única certeza que a gente tem é que vai passar, uma hora isso vai passar. E quando passar, temos que estar prontos, tendo perdido o mínimo nesse período”, explicou.

Uma vida dedicada ao esporte, que possui uma rotina intensa. Treinamentos, viagens, jogos. A pressão por resultados. De maneira repentina, tudo foi suspenso. Mas a adversidade pode gerar a reflexão e aprendizado.

“É um período muito difícil para nós, mas temos que entender que não temos controle. É algo que serviu para dar valor para coisas que não dávamos, como estar com a família, dentro de casa, prestar mais atenção em coisas que do dia a dia não prestávamos”, revelou.

Sem os treinamentos coletivos presenciais, a tecnologia é usada para diminuir a distância e seguir com os exercícios, mesmo sendo realizados de maneira individual. Não só a parte física é atendida, mas também a técnica.

“Temos feito alguns trabalhos técnicos com bola. Sabemos que não é o ideal, mas fazemos no quintal de casa, do jeito que dá”, contou Baron, que também explicou que existem trabalhos táticos sendo realizados.

“Temos algumas conversas com o Ricardinho (técnico do Magnus), com programas que mostram as nossas jogadas. Edição de vídeos. Rola muita troca de ideias e dá para entender o que os atletas pensam do jogo, se todo mundo pensa igual, se pensam diferente”, falou.

Segundo Baron, o entrosamento não deverá demorar muito, já que é um grupo que está junto há um bom tempo. “São homens que entendem a situação e que estarão super dispostos, quando voltarem os treinamentos, para alcançarmos um bom rendimento”, justificou.

Projeto ambicioso

Todo o elenco do Magnus também foi de extrema importância para a realização de um projeto ambicioso do clube. O reality show “Vai pra cima, Fred”, que conta a trajetória do youtuber Fred, do canal Desimpedidos, para se tornar um atleta profissional.

“O Fred é uma pessoa sensacional e se juntou a um time, acredito, que perfeito para isso, porque não teve ninguém que torceu o nariz para ele e para a situação. Pelo contrário, todo mundo abraçou a ideia e a causa dele. Foi uma combinação perfeita”, confidenciou.

A série, que é veiculada no Youtube em sete episódios, já ultrapassou 21 milhões de visualizações. Um produto pioneiro que mudou a forma das entidades esportivas se comunicarem. E parece atingir o seu objetivo.

“É um reality show que mexe com sonhos de muitas pessoas que passam por isso, muito ex-atleta, muitas crianças, muitas pessoas que não realizaram o seu sonho de ser jogador. Acho que por isso o tamanho dessa visibilidade”, finalizou. (Zeca Cardoso)