O Estado de São Paulo, que já tem os menores números proporcionais de violência no País, está dando mais um passo em busca de restabelecer a sensação de segurança na população paulista. O processo é um pouco longo, mas a combate à criminalidade precisa ser uma constante.

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública estadual, o trabalho das forças policiais no primeiro semestre de 2023 resultou na queda de 4,7% no número de homicídios dolosos no interior de São Paulo.

Foram registrados 827 casos ante 868 no mesmo período do ano passado. No mês de junho, último mês do período, foram 123 casos ano contra 153 em 2022, redução de 19,6%.

A presença maior de viaturas policiais nas ruas e as constantes operações contra os mais diversos crimes, determinadas pelo secretário Guilherme Derrite, mostram que o objetivo é conter, cada vez mais, a ação dos bandidos.

Os números oficiais mostram também que, no interior, os roubos em geral caíram 4,1% de janeiro a junho deste ano, passando de 23.114 registros para 22.176. Só em junho, foram registradas 3.364 ocorrências, uma queda de 8,3% em relação ao ano passado, que teve 3.669 casos. Os roubos a banco, que já foram um tormento para muitas comunidades, praticamente estão extintos. Até o presente momento do ano, só há um registro desse tipo de ocorrência.

Em caminho contrário, os roubos de veículos registraram alta de 1,3% no semestre, de 4.980 para 5.046. Situação um pouco pior foi constatada nos roubos de carga que aumentaram mais de 15% nos seis primeiros meses do ano, passando de 619 para 715 casos. O que reforça a necessidade de se ampliar o patrulhamento nas rodovias.

Já se considerarmos os números de todo o Estado, os registros de roubo caíram 3,5% no primeiro semestre. Foram 116,6 mil casos nos seis primeiros meses deste ano, quatro mil a menos do que no mesmo período do ano passado.

Ao mesmo tempo, os casos de furto subiram de 278,8 mil para 286,7 mil no mesmo período, o que representa um crescimento de 2,8%.

No caso dos crimes contra o patrimônio, os dados mostram que eles têm ocorrido, com mais frequência, na cidade de São Paulo. Mais da metade dos 116,6 mil roubos registrados no Estado tem como origem a capital.

Esses furtos, na maioria das vezes, estão ligados ao aumento de pessoas viciadas em drogas que perambulam, principalmente, pela Cracolândia. O governo paulista vem procurando formas de conter o tráfico na região, mas, infelizmente, não tem conseguido o apoio necessário para que se promova uma solução definitiva para esse intrincado problema.

O que não falta, nesse quesito é vontade política. As polícias de São Paulo conseguiram apreender mais de 35 toneladas de drogas na capital entre janeiro e junho deste ano. Esse total é 116% acima que o registrado no mesmo período de 2022, quando 16 toneladas foram retiradas de circulação. Somente no mês de junho, as operações policiais apreenderam, na região metropolitana de São Paulo, 10,6 toneladas de entorpecentes, praticamente duas vezes mais do que foi confiscado e junho de 2022.

Se ampliarmos essa estatística para todo o Estado, passamos de 100 toneladas de entorpecentes retiradas da posse dos traficantes. Um baque para as finanças das organizações criminosas que se beneficiam desse tipo de crime.

Além disso, o governo paulista assinou diversos protocolos de parceria com os Estados das regiões Sul e Centro-Oeste com o objetivo de aprimorar o policiamento na região de fronteira e impedir que a droga sequer entre no País. Esse esforço conjunto, tem tudo para produzir excelentes resultados até o final do ano.

Por mais que o trabalho das polícias tenha melhorado nos últimos meses, os problemas de segurança pública jamais terminarão. Sempre haverá alguém disposto a enfrentar as leis para se dar bem. O importante, neste momento, é fazer voltar a sensação de segurança, onde as pessoas possam sair de casa sem ter medo de não voltar. Essa é a conquista fundamental que se deve perseguir, o resto vem com o tempo.