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Votorantim encerra 3º trimestre com prejuízo de R$ 458 milhões

14 de Novembro de 2019 às 11:14

A CBA é uma das empresas do Grupo Votorantim. Crédito da foto: ADIVAL B. PINTO (2015)

O grupo Votorantim encerrou o terceiro trimestre deste ano com prejuízo líquido de R$ 458 milhões, revertendo o lucro de R$ 112 milhões no mesmo período do ano passado. A receita líquida do conglomerado, que tem negócios em cimento, energia, metais e outros segmentos, fechou em R$ 8,3 bilhões, queda de 4% em relação a julho a setembro de 2018.

Os resultados da companhia foram afetados, principalmente, pela divisão de metais da companhia. Além da queda dos preços de zinco e cobre no mercado internacional, a companhia fez uma reavaliação dos valores de ativos (impairment) da Nexa, no total de R$ 564 milhões. A deterioração refere-se à uma redução nas reservas e recursos minerais de uma das minas da companhia localizadas no Peru.

A receita da Nexa totalizou US$ 563 milhões, baixa de 5%, e a da Companhia Brasileira do Alumínio (CBA), que recuou 9%, a R$ 1,3 bilhão.

Vendas de cimentos crescem

Um dos principais negócios do conglomerado, a divisão de cimentos encerrou o terceiro trimestre com vendas de R$ 3,8 bilhões, alta de 2% sobre igual período do ano passado. O Brasil respondeu pela metade dessa receita, de R$ 1,9 bilhão. O lucro dessa área ficou em R$ 285 milhões, alta de 8% sobre o mesmo período do ano passado.

Apesar de o mercado imobiliário ter mostrado um aquecimento, com novos lançamentos, sobretudo em São Paulo, Sergio Malacrida, diretor financeiro do grupo Votorantim, lembra que há um "delay" entre fazer os lançamentos e as obras começarem de fato. "Há uma expectativa positiva sim, mas essa demanda ainda não chegou à indústria", disse.

Segundo Malacrida, o grupo continua atento às oportunidades de mercado para fazer aquisições, sobretudo nas áreas de infraestrutura, energia e cimento. O executivo está otimista em relação à retomada da economia, mas prefere observar a fazer projeções, por ora. "No início deste ano, havia uma perspectiva de crescimento da economia, que acabou não se concretizando como o esperado.

Há sinais positivos no País, segundo ele. "Mas temos de acompanhar o cenário externo. Como ficam as tensões comerciais entre China e Estados Unidos. Um acordo neste sentido é benéfico para as commodities."

Também sócio do banco Votorantim e da Citrosuco, o conglomerado encerrou setembro com dívida líquida de R$ 11,2 bilhões, 16% inferior a dezembro do ano passado. A alavancagem financeira, medida pela relação dívida líquida com geração de caixa, atingiu 1,79 vez, redução de 0,13 vez em relação a dezembro e 0,81 vez em relação a setembro de 2018. (Estadão Conteúdo)