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Vendas do Tesouro Direto têm o melhor março da história

26 de Abril de 2020 às 00:01

Vendas do Tesouro Direto têm o melhor março da história Recompra também cresceu. Crédito da foto: Marcos Santos / USP Imagens

A venda de títulos públicos a pessoas físicas somou R$ 3,019 bilhões em março, informou na sexta-feira o Tesouro Nacional. O valor vendido por meio do programa Tesouro Direto representou alta de 27,6% em relação a março do ano passado, atingindo o melhor resultado para o mês.

Apesar da subida nas vendas, as recompras bateram recorde, atingindo R$ 3,799 bilhões no mês passado. Esse é o maior valor recomprado pelo Tesouro desde a criação do programa, em 2002. Por causa da crise econômica gerada pela pandemia de coronavírus, muitos detentores de títulos decidiram se desfazer de papéis que se desvalorizaram com as oscilações do mercado.

O número de investidores ativos somou 1.213.807, mas poucas pessoas físicas aplicaram em títulos públicos em março. No mês passado, apenas 408 participantes aderiram ao programa, conta 2.276 novos investidores registrados em fevereiro. O número de investidores cadastrados ativos e não ativos totalizou 6.512.580 pessoas.

No mês passado, os títulos mais vendidos foram vinculados à taxa Selic (juros básicos da economia). Esses papéis concentraram 47,2% das vendas em março. Em segundo lugar, vieram os papéis corrigidos pela inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que responderam por 33,2% das vendas.

Em terceiro, ficaram os títulos prefixados (com juros definidos antecipadamente), que responderam por 19,6% das vendas. Os investimentos de menor valor continuaram a liderar a preferência dos aplicadores. As vendas abaixo de R$ 1 mil concentraram 60,9% do volume aplicado no mês.

Com o resultado de março, o estoque de títulos públicos aplicados no Tesouro Direto teve leve queda de 0,61% em relação a fevereiro, alcançando R$ 58,44 bilhões. Esse foi o terceiro mês seguido de queda no estoque do programa. A variação do estoque representa a diferença entre as vendas e os resgates, mais o reconhecimento dos juros que incidem sobre os títulos. Além das recompras recordes em março, a queda dos juros de alguns papéis, afetados pela instabilidade no mercado, contribuiu para o recuo no estoque no mês passado. (Agência Brasil)