Vendas do comércio caem 0,2% em janeiro
Segmento de vestuário e calçados apresentou recuo no mês. Crédito da foto: Pedro Negrão / Arquivo JCS (1/2/2021)
O varejo confirmou a perda de fôlego no início de 2021, afetado pelo recrudescimento da pandemia de Covid-19, aliada ao fim do pagamento do auxílio emergencial e aos aumentos acumulados nos preços dos alimentos nos últimos meses.
As vendas, em janeiro, recuaram 0,2% em relação ao mês anterior, após perdas também em dezembro (-6,2%) e novembro (-0,1%), de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada ontem pelo IBGE.
No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, o volume vendido encolheu 2,1% em janeiro ante o mês anterior, depois de já ter diminuído 3,1% em dezembro.
“Por mais que as vendas on-line tenham avançado significativamente desde o início da pandemia, o setor ainda depende primordialmente das vendas presenciais. Portanto, o combate errático à crise sanitária tende a prolongar os níveis atuais de isolamento social”, previu o economista Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no relatório em que reduziu de 3,5% para 3,1% a expectativa de aumento no volume de vendas do varejo em 2021.
Na passagem de dezembro para janeiro, cinco das oito atividades que integram o varejo tiveram recuo nas vendas: livros e papelaria, vestuário e calçados, móveis e eletrodomésticos, supermercados e combustíveis.
Após meses de recordes de vendas, as perdas recentes fizeram o volume vendido em janeiro ficar 0,4% abaixo do nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. No varejo ampliado, as vendas operam 2,1% abaixo do pré-pandemia. (Estadão Conteúdo)