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Venda de veículos novos cai 75% em abril

05 de Maio de 2020 às 00:01

Venda de veículos novos cai 75% em abril Montadoras reduziram ou paralisaram a produção também por causa do novo coronavírus. Crédito da foto: Divulgação VW

No primeiro mês completo desde que tiveram início as medidas de isolamento social no Brasil, a venda de veículos novos teve queda de 75,9% em relação a igual mês do ano passado, informou ontem a Fenabrave, federação que reúne as concessionárias do País. Em comparação a março, que começou a ser afetado na segunda quinzena pela pandemia do novo coronavírus, as vendas tiveram tombo de 65,9%

Foram 55,7 mil unidades em abril, em soma que considera os veículos leves (automóveis e comerciais leves) e os pesados (caminhões e ônibus). É o menor volume para o mês desde o início da série histórica da Fenabrave, em 2003. Naquele ano, em abril, as vendas somaram 108,3 mil unidades, quase o dobro de abril deste ano.

No acumulado dos primeiros quatro meses de 2020, foram vendidas 613,7 mil unidades, recuo de 26,8% em relação a igual período do ano passado. É o menor volume para o primeiro quadrimestre desde 2006, quando as vendas, de janeiro a abril, somaram 548,5 mil unidades. O número acumulado de 2020 se aproxima do resultado de 2017, quando o mercado registrou 628,9 mil emplacamentos no primeiro quadrimestre.

Entre os veículos leves, que representam 93% do mercado em abril, as vendas somaram 51,3 mil unidades, baixa de 76,8% ante igual mês do ano passado e recuo de 67% em relação a março. No acumulado do ano, são 583,9 mil unidades, queda de 27,1% na comparação com igual período de 2019.

No caso dos pesados, o mercado de caminhões registrou 3,9 mil emplacamentos no quarto mês do ano, queda de 53,9% na comparação com igual mês do ano passado e de 40% em relação a março. No acumulado do ano, são 24,1 mil unidades, recuo de 19,2%.

No segmento de ônibus, os emplacamentos somaram 460 unidades, contração de 78,5% em relação a abril do ano passado e de 64,4% ante março. De janeiro a abril, foram vendidas 5,7 mil unidades, recuo de 30,9%.

Atividade da indústria paulista recua 4,8% em março

A atividade da indústria paulista, medida em horas, caiu 4,8% em março ante fevereiro, com ajuste sazonal, acumulando queda de 2,1% neste ano, informou ontem a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).

As vendas reais também caíram no período, 5,1%, desconsiderando os efeitos sazonais, mas ainda acumulam ligeira alta no ano (0,3%). Enquanto isso, os salários reais médios tiveram redução marginal, de 0,1%, e, em 2020, cedem 0,8%.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) também voltou a recuar, de 75,6% em fevereiro para 74,7% em março, também considerando a série dessazonalizada. Sem ajuste, a queda foi de 75,5% em março de 2019 para 74,6% no terceiro mês deste ano. Esse é o segundo menor resultado para março desde 2002, a mínima foi em 2017 (74,4%). A média para o período é de 79,6%. “O resultado indica forte retração da atividade industrial paulista em abril”, diz a Fiesp. (André Ítalo Rocha - Estadão Conteúdo)